Silvio Santos, o eterno apresentador e empresário, foi sepultado em São Paulo na manhã deste domingo (18). A cerimônia de despedida foi realizada seguindo estritamente a tradição judaica, em conformidade com os desejos expressos pelo próprio apresentador antes de seu falecimento aos 93 anos.
O apresentador, que morreu em decorrência de uma broncopneumonia após uma infecção por Influenza (H1N1), optou por uma cerimônia restrita a familiares e amigos próximos.
De acordo com a Chevra Kadisha, a associação do cemitério israelita de São Paulo, os ritos de despedida seguidos foram profundamente enraizados na tradição judaica. Logo após a morte, o corpo de um judeu é preparado de maneira específica:
- Lavagem e Envolvimento: O corpo é cuidadosamente lavado e envolvido em uma mortalha branca e simples, conhecida como Tach’richim.
- Caixão Fechado: O caixão é mantido fechado durante a cerimônia, em respeito à tradição que considera desrespeitoso exibir o corpo.
- Sepultamento Imediato: A tradição judaica recomenda que o sepultamento ocorra o mais rapidamente possível após a morte, para que a alma possa descansar em paz. Enterros não são realizados durante o sabbath, o dia de descanso, que vai do pôr do sol de sexta-feira ao pôr do sol de sábado.
Ritual Fúnebre
O ritual fúnebre judaico inclui a leitura de trechos da Torá, o livro sagrado do Judaísmo, além de palavras proferidas por um rabino e pessoas próximas ao falecido. Durante o enterro, é costume que os presentes ajudem a cobrir o caixão com terra, um ato simbólico de participação na despedida.
Silvio Santos deixa um legado imenso no Brasil, e sua partida representa uma grande perda para a mídia e para aqueles que o admiravam. Ele deixa a esposa Íris Abravanel, seis filhas, 14 netos e quatro bisnetos. A decisão de Silvio Santos de não ter um velório aberto e de manter a cerimônia restrita reflete seu desejo de ser lembrado com alegria, conforme divulgado por suas filhas em comunicado oficial.