O SBT anunciou durante o Domingo Legal deste fim de semana (30/6) seu time de embaixadores digitais. A emissora contratou influenciadores para que seus programas e atrações ganhem as redes sociais. Eles terão a missão de atrair um público que não está à frente da TV, principalmente os mais jovens.
A estratégia do SBT é simples: gerar repercussão do que está no ar e oferecer conteúdo diferenciado no digital para atrair audiência para a TV aberta. Será que vai funcionar? Se depender do otimismo de vários executivos do SBT, sim. Lá na Anhanguera são muitos os que acreditam que o futuro do SBT passa obrigatoriamente pela renovação que as redes sociais oferecem.
O problema é que pesquisas apontam que o público da TV aberta está cada vez mais velho. Logo, para não perder mais pontos, fundamental conversar com quem está à frente da televisão. Mas, é lógico, necessário buscar ampliar os horizontes e a faixa etária de sua plateia. Pelo que se vê com esses movimentos, ainda não há equilíbrio entre a modernidade e a sustentação.
E os canais do Youtube do SBT?
O SBT tem uma robusta produção de conteúdo digital, com resultados interessantes e projetos muito bem comercializados. Boa parte deste material é voltada ao público jovem e converge para as novelas e o esporte da emissora. Mas, por que, se no Youtube dá audiência, isso não converte para a TV aberta?
A explicação é simples: experiências diferentes. Além disso, esse jovem não quer mais ficar preso aos horários rígidos da TV aberta, mas escolher onde, como, quando e o que assistir. Desta forma, arrisco a dizer que os novos embaixadores digitais conversarão com quem está no mundo digital e nem pisa tanto na TV convencional.
Os embaixadores digitais encurtam caminhos, não há como negar. É um time oficial e, portanto, com vantagens na hora de receber e distribuir algumas informações e lançamentos. Mas, o desafio do SBT será atender também todas as outras formas de se comunicar com o público, principalmente através dos veículos que atendem a quem realmente assiste TV. Corre-se o risco de concentrar no digital e perder espaço na imprensa.