A entrevista de Lula no JN (TV Globo) começou tocando no assunto da corrupção no Brasil. Renata Vasconcellos perguntou se caso vencer as Eleições de 2022, o ex-presidente vai respeitar a lista tríplice da PGR, onde em tese, dá mais independência ao escolhido. Uma vez que, o atual procurador-geral Augusto Aras é criticado por ser aliado ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Ano que vem, termina o mandato de Augusto Aras na PGR. Mas ultimamente quando o senhor é pergunto se vai cumprir ou respeitar a lista tríplice o senhor tem evitado responder, porque?”, questionou a apresentadora.
Lula tentou se esquivar da pergunta e sugeriu que vai fazer suspense. “Quero que fiquem com a pulga atrás da orelha, primeiro eu preciso ganhar“, respondeu. O candidato ainda afirmou que “respeita muito o Ministério Público”, mas aproveitou o momento para criticar a Lava Jato: “Eles jogaram o nome do MP na lama, porque houve muitos equívocos“, disse ele, fugindo da pergunta.
Renata Vasconcellos então retomou a pergunta, quando Lula afirmou que “não queria procurador leal a ele”. “Para mim o que precisa é dá segurança para o povo”.
A apresentadora então foi mais incisiva: “Então um assunto tão importante o senhor vai manter suspense sobre um assunto tão fundamental, e é de fato, as críticas a falta de independência do MP, da PGR, é motivo de preocupação para os brasileiros, porque manter suspense?“
O ex-presidente se limitou então a citar o procurador que foi indicado por ele “julgando o Antonio Palocci”. “Eu não quero amigos no MP, na Polícia Federal, não quero amigos em nenhuma instituição“, reafirmou.
Leia também: “Poderia ter feito decreto de 100 anos”, Lula critica Bolsonaro no JN