Um dos destaques da Netflix em abril, foi a série ‘O Sequestro do Voo 601’, dirigida por C.S. Prince e Pablo Gonzáles (diretor de ‘O assalto’). Acima de tudo, o suspense reconta o crime de 30 de maio de 1973, quando dois guerrilheiros armados sequestraram o voo HK-1274 da SAM Colômbia. Em troca da vida dos passageiros e tripulação, os sequestradores exigiram que o governo colombiano liberasse, ao menos, 50 presos políticos.
Este foi um dos mais longos sequestros aéreos da América Latina, em um período em que uma série de aviões eram rendidos e redirecionados a Cuba por questões políticas.
O sequestro
No voo HK-1274, Eusébio Borja e Francisco Solano Lopez, decolaram de Bogotá na Colômbia com destino a Medellín. Porém, durante sua parada em Pereira, renderam o piloto, a tripulação e 84 passageiros, pedindo um resgate de U$200 mil em dinheiro.
Apesar da série se basear no trabalho do pesquisador Massimo Di Ricco, muitos acontecimentos sofrem modificações para que a história ganhasse uma melhor narrativa. E, diferentemente do que acontece em casos baseados em fatos reais, onde os nomes e pequenos diálogos sofrem mudanças, em ‘O Sequestro do Voo 601’, a resolução do caso foi alterado. Por isso, a série vale como entretenimento, mas como história, é preciso buscar pela versão original dos fatos em outra fonte.
A série
Mas, falando em entretenimento, a série entrega o que propõe. Com boa construção, o roteiro segue de forma clara a trajetória do herói vivida pela comissária Edilma Pérez (Monica Lopera). A edição rápida e misteriosa também dá ritmo a narrativa que se alonga por 6 episódios de quase uma hora cada sem deixar a série cansativa.
Além disso, em uma bela parceria, a direção de arte e fotografia acertam os tons da série que passam a mesma ideia sépia de filmes caseiros antigos, dando uma real sensação de estarmos acompanhando os eventos transmitidos de fato na época.
A minissérie não tem continuação e é um bom conteúdo de suspense e aventura para assistir na Netflix.