Simone Tebet (MDB) participou nesta quarta-feira (28) da sabatina de entrevista com os principais candidatos à presidência da República, na Record TV. Comandada pelo apresentador Eduardo Ribeiro, a convidada falou sobre reeleição, CPI da Covid-19, orçamento secreto, absolvição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e fez críticas ao atual Ministro da Economia, Paulo Guedes.
Lamentavelmente, o atual ministro é um engodo. O ‘Posto Ipiranga’ que diz resolver tudo e não resolve nada. Ele simplesmente não conhece a realidade do Brasil a ponto de dizer que não tem gente pedindo comida ou dinheiro nos semáforos das grandes cidades brasileiras.
Simone Tebet
A menção, engodo, usada para pessoas que agem de má-fé, foram dirigidas ao Ministro por causa das suas últimas declarações sobre projetos para a população mais pobre, onde afirmou que “não tem mais ninguém nos sinais vendendo água, nos estádios de futebol. Por que isso? Auxílio Brasil é o nome“.
Contudo, a candidata do MDB ainda usou seu espaço para falar sobre a absolvição de Lula (PT): “O povo brasileiro é sábio. Ele aprende efetivamente na dor, ele sabe que o presidente da República foi inocentado por uma questão de discussão consensual no processo, mas que ele deve ainda na justiça e tá respondendo não somente em um, mas em vários processos”.
“Lamentavelmente o que tem acontecido por parte do eleitorado é que, insatisfeito no atual presidente (Jair Messias Bolsonaro (PL)), tá fazendo uma opção pelo menos pior. Mas mesmo esse eleitorado que hoje vota no ex-presidente lula, ele tá dando um voto, eu diria que contrariado, o que significa um grande risco pro Brasil”, completou Simone.
Votei três vezes contra e fui vítima do orçamento secreto. Eu fui a primeira mulher candidata à Presidência do Senado em 198 anos. Perdi a eleição entre outras coisas porque o orçamento secreto correu solto ali pra comprar parlamentares. “Eu vou te dá 100 milhões, 50 milhões se votar em mim”. Eu recebi ofertas assim pra desisti da minha candidatura
Simone Tebet
A convidada não quis revelar quem lhe ofereceu dinheiro pela desistência do cargo no senado: “Eu recebi daqueles que dominam o orçamento secreto, que a história, a partir de primeiro de janeiro vai contar. Eu não tenho dúvidas que a partir de janeiro a justiça vai exigir essa transparência. Não (vou citar os nomes) porque eu não quero me vitimizar e nem quero, muito menos, conquistar votos por causa disso. E alguns que votaram em mim, também foi oferecido pra eles”.
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