A CNN Brasil realizou nesta segunda-feira (12) mais uma sabatina com um dos principais candidatos à presidência da República. Desta vez, a entrevista foi com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que falou com o jornalista William Waack sobre sua prisão, projetos para caso seja eleito e golpe de Dilma Housseff, em 2018.
Fomos nós que criamos todos os mecanismos para que nada ficasse embaixo do tapete. Tem dois jeitos pra não ter corrupção: uma é você fazer decreto de sigilo de 100 anos, como tá sendo feito. A outra coisa é você fazer tudo que nós fizemos: nós transformamos a CGU em ministério; dobramos o número de profissionais na Polícia Federal, investimos na inteligência, melhoramos todas as investigações. O Portal da Transparência, a Lei de Acesso à Informação. Hoje tudo acabou!
Lula
O candidato, que “encabeça” as principais pesquisas de intenções de voto, falou sobre o episódio em que foi preso: “Pela primeira vez na história do Brasil eu sou culpado de ser inocente. É fantastico porque eu disse o tempo inteiro que tinha um juiz mentindo, que tinha um grupo tarefa do Ministério Público, que induziu a sociedade e a imprensa brasileira a mentira que eles contavam como verdade. Eu tive que provar na justiça a minha inocência e a culpa deles”.
À Waack, ele esclareceu como pretende melhorar o Brasil e alinhar os três poderes: “O problema aqui no brasil é que nós temos uma anormalidade porque tem hora que o poder legislativo se mete no poder judiciário, se mete em ser poder executivo; o poder executivo afronta o legislativo e judiciário; e o poder judiciário se comporta fazendo política. Se nós voltarmos a normalidade, ou seja, cada um cumprir com a sua função, onde o governo governa, o legislativo legisla e poder judiciário cumpre o papel de ser um garantidor da nossa constituição, as coisas voltam a normalidade”, disse.
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