A influenciadora Michele Dias Abreu, de 43 anos, acaba de ser denunciada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por intolerância religiosa. No auge da tragédia climática do Rio Grande do Sul, a mulher associou o caos às religiões de matriz africana. A mulher reside em Governador Valadares, Minas Gerais.
Um vídeo que circulou nas redes sociais no dia 05 de maio, Michele aparece indignada e dizendo que os temporais e enchentes que deixaram mais de 540 mil pessoas desalojadas, 155 mortas e outras 94 desaparecidas foram motivados pela “ira de Deus”.
De acordo com o Ministério Público, as falas da mulher acabaram repercutindo negativamente, mas também com mensagens de apoio, chegando a atingir mais de 3 milhões de visualizações.
“O estado do Rio Grande do Sul é o estado com maior número de terreiros de macumba. Alguns profetas já estavam anunciando algo que iria acontecer devido a ira de Deus. As pessoas estão brincando (…) misturando aquilo que é santo, e Deus não divide sua honra com ninguém”, disse Michele Dias, que é bolsonarista e se define como cristã, mãe, esposa e empreendedora.
Punição
A punição para pessoas que cometem crime de intolerância religiosa é a mesma previsto no crime de racismo.
No caso de Michele, a promotoria afirma que a influencer não apenas cometeu o crime como induziu milhares de seguidores “à discriminação, ao preconceito e à intolerância contra as religiões de matriz africana”.
O MPMG pede que a mulher fique proibida de sair do Brasil sem autorização judicial, de fazer novas postagens sobre religiões de matriz africana e com conteúdos falsos relacionados a maior tragédia climática do Rio Grande do Sul.
Após perder número de seguidores e ser duramente criticada, a empresário fechou os seus perfis nas redes sociais.