Fuzuê, de Gustavo Reiz, terminou na última sexta-feira (1/3) tomando de Geração Brasil o título de novela menos vista de todos os tempos. Há anos não se via índices tão baixos no horário, que recentemente se consagrava com Vai na Fé.
Considerada genérica, a trama de Reiz estreou com ótimos índices. Promissora, mas naufragou com desinteresse do público. A caça ao tesouro, história principal, não agradou e as medidas para reverter a fuga também não deram certo, problemas inerentes de uma obra aberta.
Clichês ainda funcionam?
Somado a isso, o elemento irmãs que se odeiam, mas não sabem que são irmãs também foi explorado na trama. As protagonistas Luna e Preciosa foram o centro da mudança na trama. Mas, era perceptível os novos rumos até pelo tom das personagens, que se pegavam aos tapas a cada encontro, elemento esse que está bem datado. Com a ajuda do expert Ricardo Linhares, que entrou às pressas para ajudar Gustavo a conduzir a história, Fuzuê ficou mais dramática, tensa, para assim, atrair o público. Não deu certo, também.
Carregada nos tons de um barraco sem motivo, a novela se perdeu, reverteu de pastelão para uma novela mais dramática. Resultado: rejeição de quem aprovou a primeira parte da novela em seus tons mais cômicos.
É, de fato o público é exigente.
O que a novela de estreia de Gustavo Reiz deixa de legado?
Houve um movimento importante neste tempo e mudanças foram feitas para tentar alinhar o horário das 19h. Nesta segunda-feira (4/3) estreou Família é Tudo, de Daniel Ortiz, com missão de elevar os números e “fixar” o público que fugiu após Vai na Fé.
Com uma história mirabolante, o autor terá que desempenhar e tirar da cartola elementos coerentes para levar a trama a diante, afinal este autor coleciona bons trabalhos. Na sequência, Claudia Souto escalada para uma nova história. Ela é responsável por tramas mais leves e com tom policial a escritora vem aí. Já a sinopse de Conta Comigo foi reprovada por ser considerada altamente dramática. Mauro Wilson, seu escritor deve apresentar outra sinopse, agora mais leve para este horário.
Além de um legado para as novas histórias, Fuzuê acende um alerta e joga luz a uma nova sociedade, que tem novos hábitos e gostos. E parece que algumas histórias não acompanham mais esses novos rumos. É sempre bom lembrar que a repetição pode ser crucial para um público não ligar a TV.
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