O polêmico caso da Jovem Pan, definido como censura pelo partido de Jair Bolsonaro (PL), foi citado durante debate presidencial na TV Globo nesta sexta-feira (28). O candidato questionou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), contra o Grupo Jovem Pan, por declarações consideradas distorcidas ou ofensivas a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A rádio Jovem Pan foi calada pelo Ministro Alexandre de Moraes e o TSE. Mas quem entrou com ação contra a Jovem Pan foi o teu partido, Lula. Foi o teu partido que entrou com uma ação no TSE pra calar a rádio Jovem Pan. E você vive dizendo e controlar a mídia, em maiores de idade.
Jair Bolsonaro
Como resposta, o petista ironizou: “A Jovem Pan por acaso é aquele seu canal de televisão? O que os advogados do PT entraram foi com pedido de isonomia. Sabe o que é isonomia? É de igualdade de direito de resposta”.
Entenda o ‘caso Jovem Pan’
O TSE puniu a emissora na última semana em razão de declarações de comentaristas do Grupo ao referirem-se a Lula. A Jovem Pan tratou o caso como “censura” e o assunto virou pauta durante toda a semana, incluindo mais acusações e inserção do caso na campanha eleitoral de Bolsonaro.
O TSE decretou que fosse dado direito de resposta ao petista e que o Grupo Jovem Pan não promovesse ou afirmasse que Lula mente sobre ser inocentado. “A Constituição Federal não autoriza, portanto, a partir de mentiras, ofensas e de ideias contrárias à ordem constitucional, à democracia e ao Estado de Direito, que os pré-candidatos, candidatos e seus apoiadores propaguem inverdades que atentem contra a lisura, a normalidade e a legitimidade das eleições”, escreveu Alexandre de Moraes.
Caso haja descumprimento da ação, a empresa seria obrigada a pagar uma multa de R$25 mil.
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