A novela Fuzuê, o texto de estreia de Gustavo Reiz na Globo, fechou sua quarta semana no ar com índices que não deixam nem um pouco a desejar. A trama das 19h tem mantido o share (participação de público) entre 34% e 37%, com pouquíssimas oscilações neste período. Os números atendem as expectativas dos executivos da emissora, que estavam preocupados se a nova produção conseguiria segurar a audiência de Vai na Fé, considerado um dos grandes sucessos dos últimos tempos.
Fuzuê apresentou até agora 24 capítulos. Ao comparar os índices de suas primeiras quatro semanas com a mesma quantidade de episódios iniciais de Vai na Fé é fácil constatar que, até aqui, a nova novela tem uma trajetória com números mais altos. Fuzuê estreou com 24,3 pontos e Vai na Fé com 22,4 de média. Na segunda-feira seguinte, a trama de Gustavo Reiz marcou 23,9 pontos. Já a história de Rosane Svartman ficou com 21,4 de média. A atual novela das 19h abriu sua terceira semana com 22,9 de média. Vai na Fé abriu sua terceira semana com 21,1 pontos. A história de Luna e Preciosa só perde para a trama de Sol na quarta segunda-feira. Fuzuê marcou no dia 04 de agosto 22,8 pontos e, no dia 06 de fevereiro, Vai na Fé registrou 23,7 pontos.
Inspirações nos clássicos
Gustavo Reiz não esconde de ninguém que buscou inspirações nos novelões das sete das décadas de 1980 e 1990, quando Cassiano Gabus Mendes e Silvio de Abreu apostavam em comédias mais rasgadas e com muita ação. Fuzuê traz esse clima e tem no ritmo, humor, cenários coloridos e mistérios a mistura que atende a uma parcela importante do público. Entretanto, o telespectador que prefere histórias como Vai na Fé, com menos espaço para o humor, reclama um pouco da atual produção. Além disso, uma parte da imprensa que se diz especializada tenta buscar pelo em ovo para criticar a novela, que, pelo menos até agora, segura a audiência num bom patamar e atende ao que o público quer.
Aliás, Fuzuê foi um dos últimos textos selecionados e colocados na fila de espera pela gestão de Silvio de Abreu para a dramaturgia da Globo, que, agora, deixa bem claro que deseja produzir apenas histórias com grande apelo popular.