Quando a Record TV anunciou a coprodução de suas novelas e minisséries com a produtora Casablanca, em 2015, foi grande a expectativa em torno da qualidade. Sua primeira produção foi a segunda temporada de “Os Dez Mandamentos”, não repetindo o sucesso da primeira e muito criticada por colunistas, de lá pra cá a parceria rendeu um total de 6 novelas, entre elas é válido destacar a premiada “Escrava Mãe” e a bíblica “O Rico e Lázaro”. Mas “Apocalipse” caminha para ser uma verdadeira superprodução.
A riqueza de detalhes da trama de Vivian de Oliveira, mostra o primor que a Casablanca vem imprimindo em suas produções, claro que o elenco é uma destaque importantíssimo na construção da novela.
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Mas convenhamos, não é nada fácil reproduzir um “Apocalipse”. Porém, nenhum cenário deixou a desejar tanto Roma, Nova Iorque, Jerusalém e até mesmo o deserto onde a Zoe (Juliana Knust) se refugiou por tanto tempo, todos parecem transportar o espectador para cada cena.
Tudo em seu devido lugar
Com a direção geral de Edson Spinello, tudo tem se encaixado: a trilha sonora, as externas e também os efeitos especiais. A cada capítulo especial, mais uma sequência de tirar o fôlego. Como nesta segunda-feira (16), Ricardo Montana (Sergio Marone) foi assassinado durante a inauguração da nova Babilônia, a cidade do futuro.
Se a ideia era impressionar, devo dizer que a missão foi cumprida com sucesso. Enquanto o anticristo desfilava em carro aberto, da janela de um dos apartamentos foi possível ver o atirador misterioso preparado para tirar a vida do vilão, ele disparou, e um dos tiros atingiu em cheio o olho de Ricardo.
Como um telespectador me vi assistindo a uma série da Netflix, um verdadeiro “Cenão”. Num país onde apenas a Globo domina o mercado com grandes produções, o aprimoramento da Record TV em coprodução com a Casablanca, deve ser valorizado.
Que a emissora não pare, é mais uma opção e o público agradece.