O Jornal Nacional desta quarta-feira (06), iniciou de forma diferente, com o discurso do apresentador William Bonner que não se conteve diante do número de mortes causadas pelo Covid-19. A fala impactante, foi dita logo após a apresentação dos novos dados do Ministério da Saúde, divulgados por Renata Vasconcellos.
Foram confirmadas 125.218 casos de Covid-19, 615 nas últimas 24h, com um total de 8.536 mortes no Brasil. Bonner aproveitou o momento para expôr o fato que muita gente está desconsiderando a tragédia mundial, ouvindo o número de mortes como se fosse um bingo, numa tamanha falta de humanidade.
Caso você ainda não se deu conta do que estamos vivendo, vale a pena rever as palavras de William Bonner:
“Você já nem deve lembrar, mas na quinta passada eram 5,901 mortos. Os números vão aumentando desse jeito, cada vez mais rápido, vão dando saltos e vai todo mundo se acostumando, porque são números. O número muito grande de mortes de repente, num desastre, sempre assusta e as pessoas levam um baque. Morreram mais de 250 pessoas em Brumadinho, é uma tragédia. Nos Estados Unidos, em 2001, morreram quase 3 mil nos atentados de 11 de setembro, 3 mil, assim de repente. Mas quando as mortes vão se acumulando ao longo de dias e de semanas, como acontece agora na pandemia, esse baque se dilui e as pessoas vão perdendo a noção do que seja isso”, disse.
Em seguida, o apresentador do JN relembrou o assustador número de vítimas da Covid-19 no Brasil.
“8 mil vidas acabadas, eram vidas de pessoas, amadas por outras pessoas… pais, filhos, irmãos, amigos, desconhecidos. Aí o luto dessas tantas famílias vai ficando só pra elas, porque as outras pessoas já não tem nem como refletir sobre a gravidade dessas mortes todas que vão se acumulando, todo dia, todo dia. Hoje são 8.500, amanhã a gente não sabe. Quando é assim, o baque só acontece quando quem morre é um parente, um amigo, um vizinho ou uma pessoa famosa.
Assista e reflita:
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