O humorista Whindersson Nunes revelou ter sido diagnosticado com altas habilidades, condição também conhecida como superdotação, após uma internação psiquiátrica no início deste ano. A descoberta foi exibida no Fantástico (TV Globo) neste domingo (03), durante entrevista conduzida pela repórter Ana Carolina Raimundi.
O diagnóstico veio à tona após uma série de testes neuropsicológicos, realizados enquanto Whindersson enfrentava tratamento contra a dependência de álcool. O resultado apontou um QI de 138, valor considerado muito acima da média.
“Sempre me senti diferente”, disse o artista, afirmando que a revelação o ajudou a entender sensações que o acompanharam ao longo da vida.
No caso do comediante, a superdotação não está associada ao raciocínio lógico, mas sim à criatividade. Segundo ele, essa característica gerou um pensamento acelerado, o que contribuiu para sobrecarga mental e dificuldades em seus relacionamentos. “Eu já ia tentando, através da arte, fazer uma gambiarra na vida”, comentou.
A neuropsicóloga Carolina Mattos explicou, durante a reportagem, que pessoas com altas habilidades geralmente possuem questionamentos constantes e intensos sobre si mesmas e o mundo ao redor — uma condição que pode gerar sofrimento psicológico. Whindersson associou essa realidade às crises depressivas que enfrentou em 2017 e 2019.
Apesar de considerar que seu diagnóstico traz mais desafios do que vantagens, o humorista não encara a superdotação como uma sentença. Atualmente, ele segue em acompanhamento médico e afirmou ter reduzido significativamente o consumo de álcool.
“Hoje eu já não estou mais pensando em vencer, em ser o primeiro”, declarou, revelando uma nova visão sobre sua jornada pessoal e profissional.