O fenômeno espanhol “La Casa De Papel”, que pegou a Netflix de surpresa graças ao seu sucesso estrondoso pelo mundo, e que ganhou o Emmy Internacional na categoria de melhor série dramática no ano passado, voltou com sua terceira parte em Julho pelo canal de streaming. A trama que mistura nuances de seriado com um toque de novela, se renovou e conseguiu entregar uma temporada atraente e inteligente, sem perder seus atributos conquistados nas versões anteriores.
Se você é do tipo que torce pelos personagens, grita, faz barulho, é melhor se preparar: essa nova temporada é uma injeção de adrenalina do começo ao fim.
O motivo principal
Todos os componentes do “atraco perfecto” a Casa da Moeda da Espanha, estavam curtindo suas férias, “nadando” nos seus milhões, quando Rio (Miguel Herrán) é capturado pela polícia. Desesperada, Tokio (Úrsula Corberó) parte em busca do Professor/ Sérgio Marquina (Álvaro Morte) para pedir ajuda, o que culmina em uma reunião com todos os sobreviventes milionários e a decisão de um novo plano: assaltar o Banco da Espanha.
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O ponto fraco do líder
O primeiro e único amor do Professor/Sérgio Marquina (Álvaro Morte) atende pelo nome de Raquel Murillo (Itziar Ituño). Se nas outras temporadas eles eram uma espécie de gato e rato, nessa nova fase eles formam uma dupla. O que era para ser um afago no meio de tanta tensão, acaba se tornando um incômodo para o mentor, que estava acostumado a viver e agir sozinho. Logo ele que sempre foi contra misturar romance e “negócios”, acaba se contradizendo nesse sentido e pode colocar tudo a perder.
A grávida mais odiada de todos os tempos
Quem imaginou que uma mulher grávida atrairia a raiva de tantas pessoas ao mesmo tempo? Pois a inspetora Alicia Sierra (Najwa Nimri) conseguiu. Esperta, cruel e viciada em açúcar, é o melhor contraponto para o Professor. Ao invés de se deixar seduzir ou intimidar pelas técnicas do rival, Alicia joga as mesmas cartas contra ele. É um personagem cheio de facetas e um dos destaques dessa temporada.
A favorita
Se já era difícil não se apaixonar por Nairóbi(Alba Flores) nas outras levas de episódios, agora se tornou quase impossível . A bandida é o melhor personagem dentro do grande “atraco”, e não é à toa. Carismática, imponente e justa, pode se dizer que Nairóbi deve estar com escoliose por “carregar a série nas costas”.
Reviravoltas arrebatadoras
Nos oito episódios dessa nova parte, reclamações sobre marasmo ou “barriga” não são válidas. A cada episódio um acontecimento se entrelaça no outro, que puxa um gancho daqui e outro dali, e vai envolvendo o público como uma grande teia. O último episódio termina com um “cliffhanger”, recurso de roteiro utilizado em ficção e que se caracteriza pela exposição do personagem a uma situação limite, de tirar o fôlego. Antes de pensar em uma alternativa, a série te golpeia com um “soco no estômago”. E você pode se perguntar como não pensou naquilo antes.
Com produção da Netflix, as anteriores tinham sido produzidas pela emissora Attresmedia, Alex Pina se manteve na criação mais uma vez e conduziu o projeto de uma forma brilhante. “La Casa De Papel” superou expectativas e é uma das melhores séries de 2019. Se você ainda não assistiu, corre que dá tempo!