A TV Globo quase enfrentou uma telespectadora na justiça, após ela entrar com um processo acusando a emissora de levar pânico para a população brasileira, com os números da Covid-19, o novo coronavírus. Segundo informações do Notícias da TV, a mulher entrou com liminar contra a emissora por ser contra a maneira com que os telejornais divulgam os dados.
O caso aconteceu em São João do Meriti, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Rosemary Matias de Lima entrou com ação judicial em junho pedindo que a TV Globo mudasse a maneira de divulgar as estáticas sobre a pandemia. Para ela a emissora deveria mostrar somente os números diárias sobre a doença e, não os dados acumulados desde o início da pandemia.
Assim, ela alegou que, por divulgar os números acumulados de casos e mortos, a TV Globo faltaria com dignidade às pessoas; que os dados divulgados seriam contraditórios sem expor a exata dimensão da doença, passando a ideia de que a pandemia torna-se mais intensa a cada dia e que, desta maneira, estaria gerando pânico na população.
Ainda na mesma ação, Rosemary deu a entender que a TV Globo estaria lhe prejudicando pessoalmente: segundo ela, ao passar essas informações, a emissora estaria lhe abalando, uma vez que comprometida medidas governamentais e a impedia de exercer seu trabalho como saladeira – pessoa que prepara saladas em um restaurante.
Globo não se defendeu
Contudo, o caso foi avaliado pela juíza Paula Menezes Caldas, da 49ª Vara Cível, no Rio de Janeiro e considerado que Rosemary Matias por si só não tem legitimidade para defender os interesses de toda a sociedade ou de todos os profissionais de saúde. A juíza também considerou que a Globo não pode ser responsabilizada pela interrupção de atividades econômicas durante o isolamento.
“Ora, a forma de divulgação dos dados pela ré não possui qualquer interferência na liberação ou não das atividades econômicas interrompidas em razão da pandemia, uma vez que o afrouxamento das medidas de isolamento social constitui opção técnica/política do Poder Público”.
Sendo assim, a Globo não precisou nem sequer se defender, uma vez que, a ação foi extinta pela juíza. Porém, o advogado de Rosemay, Homero Duarte, disse discordar da maneira como a juíza tratou a ação, mas que não pretende recorrer da decisão.
“Não concordamos com a decisão da magistrada, reconhecendo que a autora não possui legitimidade para a propositura da ação. No nosso entender, trata-se de matéria de interesse comum, ou seja, que diz respeito a qualquer cidadão“, disse ele em nota.
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