Em 2014, as redes de televisão RecordTV, RedeTV! e SBT decidiram se unir para criar uma joint venture: Simba Content, uma empresa programadora de televisão por assinatura brasileira.
Joint venture é uma associação de empresas que pode ser definitiva ou não, com fins lucrativos, para explorar determinado(s) negócio, sem que nenhuma delas perca sua personalidade jurídica.
A empresa teve que passar por aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). A Sky, a Claro-NET e a Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) foram contra a iniciativa das empresas, diferentemente da Anatel, que por sua vez publicou um comunicado para a imprensa favorável a criação da nova empresa.
O CADE aprovou a joint venture com algumas ressalvas. Os planos da companhia preveem que 20% das receitas que forem obtidas pela empresa serão investidas em conteúdo nacional.
Mercado
Além da TV por assinatura, a SIMBA também negociará os conteúdos produzidos pelas emissoras com serviços de streaming de vídeo sob demanda como Netflix e Amazon Vídeo.
Em entrevista ao RedeTV News, o líder da empresa Marco Gonçalves, afirmou que a SIMBA veio pra ser a nova “Netflix Brasileira”.
A empresa ainda pretende lançar um novo canal de televisão paga, com conteúdo oriundo dos acervos das redes que formaram a joint venture.
TV por assinatura e desligamento do sinal analógico
Agora, a Simba pretende iniciar a cobrança dos sinais dessas emissoras em São Paulo, após o desligamento do sinal analógico que irá acontecer dia 29 de março de 2017.
A decisão das redes de cobrarem os seus sinais pelas operadoras foram seguidas pela regulamentação de TV por assinatura da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), de 2011, na qual regulamenta que as operadoras devem carregar os canais abertos, porém somente na tecnologia analógica. Esse tipo de cobrança já é feita pela Rede Globo, que cobra o seu sinal digital através da Globosat.
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