Após mais de três décadas afastada dos palcos, Sandra Annenberg vai retomar a carreira de atriz. A apresentadora do Globo Repórter (TV Globo) estreará no espetáculo teatral “Pedro e o Lobo”, em São Paulo, no fim deste mês.
Em entrevista exclusiva à coluna Play (O Globo), Sandra compartilha suas expectativas sobre o retorno à carreira de atriz e aborda os desafios enfrentados durante sua trajetória profissional.
Com 55 anos de idade, Sandra Annenberg possui uma extensa lista de trabalhos no teatro e na televisão. Antes de se tornar uma respeitada jornalista, ela iniciou sua carreira como atriz, participando de produções como o seriado Tarcísio e Glória (TV Globo, 1988) e a novela Cortina de Vidro (SBT, 1989), onde ela foi protagonista.
Nesse sentido, a apresentadora se prepara para entrar em cena novamente. O palco da vez será o do Theatro Municipal de São Paulo, ao lado de uma orquestra e bonecos manipulados por profissionais.
Sandra revela que nunca imaginou retornar aos palcos, acreditando que a atuação e o jornalismo eram atividades incompatíveis.
No entanto, durante a pandemia, ela percebeu que poderia conciliar suas responsabilidades no Globo Repórter com a retomada de seu lado artístico. Apesar do medo e da falta de prática, a coragem falou mais alto, levando-a a encarar esse novo desafio.
Eu que já fui atriz no meu longínquo passado não imaginava voltar para os palcos. Achava que as duas coisas (o jornalismo e a atuação) eram muito incompatíveis. Mas, quando veio a pandemia, pensei: “Agora que estou no Globo Repórter, tenho um pouco mais de tempo, o ritmo é outro. Eu podia talvez voltar a me aproximar disso de novo”
disse Sandra
Apesar da carreira de 32 anos de jornalismo, Sandra Annenberg acredita que nunca deixou de ser atriz completamente. Dessa forma, ela destacou como a apresentação diante das câmeras foi um exercício constante para aprimorar sua voz, expressões faciais e tom de notícia.
Não sei se eu sentia falta [de atuar]. Sem me dar conta, acho que sempre trabalhei a minha apresentação como um ponto de exercício também vocal, da máscara facial, dos tons e semitons da notícia. De alguma forma eu estava ali experimentando e testando, de forma inconsciente. Talvez isso tenha até formado um estilo. Eu fiz parte de um momento em que houve uma possibilidade de mudança. Antes, as apresentações eram muito duras e engessadas. Consegui ajudar nessa transformação. Tenho orgulho disso.
Sandra
Sandra Annenberg apresenta o Globo Repórter desde 2019
A trajetória de Sandra na televisão foi marcada por sua presença em diversos telejornais da Globo. Assim sendo, para ela, assumir o comando do Globo Repórter foi um marco importante.
No entanto, a transição não foi fácil, pois ela precisou se adaptar a uma nova dinâmica e ritmo de trabalho. Sandra destaca a importância de uma reestruturação pessoal para se adequar à nova função.
É como se fechasse um ciclo. Nunca imaginei que chegaria ao “Globo repórter”, isso nunca passou pela minha cabeça. Essa transição foi difícil. Eu estava muito acostumada com o ritmo do dia a dia. A minha adrenalina era produzida em escala industrial para que eu pudesse aguentar esse ritmo. Eu tive que viver um momento de reestruturação para entender a nova dinâmica.
finalizou a jornalista
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