A comparação entre os dois remakes escritos por Bruno Luperi é inevitável. Pantanal e Renascer entraram no ar num curto espaço de tempo. Além disso, ambas são obras bem-sucedidas assinadas por seu avô, Benedito Ruy Barbosa, na TV Globo. Passível de uma análise mais profunda, nos atemos ao tempo em que as novelas foram exibidas e, talvez, encontremos algumas repostas.
O efeito Pantanal
A saga de Juma Marruá estreou com ares de superprodução e uma grande promessa para levantar os índices do horário e ser de fato a novela da retomada pós-pandemia. Eram grandes, na época, o sentimento de expectativa e medo de uma possível frustração. Para seu lançamento, a TV Globo experimentou coisas inéditas até então e deixou rolar a divulgação sem mesmo antes de anunciar as últimas semanas da antecessora. Um Lugar ao Sol carrega, não por sua qualidade de roteiro ou história, a pior audiência de novela das 21h até o momento. Deu mais que certo.
Em sua estreia, Pantanal já indicava uma popularidade que poderia só melhorar com seu desenvolvimento. E aconteceu! Dividida em duas fases, a trama caiu nas graças do público e a audiência respondeu à altura de uma superprodução. O fator redes sociais foi o catalisador dessa popularidade, afinal, memes rodaram o país e mais do que divertir, despertavam o interesse do público em ver Juma, Bruaca e cia.
A trilha sonora dava a sensação de que os bons tempos tinham voltado e o público fidelizou ligar a TV todos as noites. Pantanal deu certo, acertou na história e ganhou o que hoje é raro, a popularidade nas redes sociais.
Renascer: uma obra prima
Em janeiro deste ano, estreou a promessa do ano na Globo. Renascer começou com missões que pareciam ser possíveis, já que receberia um bom número de sua antecessora e tinha Pantanal para dar luz ao que viria pela frente.
A primeira fase de Renascer foi uma epopeia. Você poderia não estar vendo a novela, mas estava por dentro de tudo, afinal, nas redes só se falava em Inocêncio e Santinha. Além disso, destaques para Maria Fernanda Cândido, Enrique Diaz e Juliana Paes, entre tantos que deram o nome nesta primeira fase. Tamanho o sucesso da primeira parte, foi esticada, fazendo justiça a sua outra versão que fora encurtada. Mas, a novela ganharia outros contornos, personagens e problemas.
Segunda fase não despertou curiosidade
No ar há pouco mais de dois meses, a segunda fase da trama, onde temos um Inocêncio mais caricato e infeliz, não estimula a participação do público nas redes. Agora há uma disputa entre pai e filho pelo amor de Mariana e uma trama mais arrastada, tão lenta que vai perdendo atenção e menções nas redes.
E isso era esperad. Prevista para terminar só em setembro desse ano, parece que não, mas a história ainda tem muita coisa para ser contada, em ritmo bem mais lento, mas tem. O que joga luz a uma questão: será que novelas longas já estão com os dias contados?
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