Após várias de suas equipes de reportagens serem hostilizadas e sofrerem ataques, durante a cobertura das manifestações antidemocráticas, a Record TV enviou uma nota à imprensa repudiando as ocorrências e destacando que exercer a profissão do jornalismo faz parte da democracia. Sem citar diretamente os casos, a emissora ainda prestou solidariedade aos profissionais, sejam seus ou de outros canais, que foram vítimas das ações nos últimos dias.
“A Record TV condena e repudia a forma como os jornalistas da emissora e de outros veículos de imprensa foram hostilizados e, em alguns casos, agredidos, durante a cobertura das manifestações dos últimos dias”, iniciou.
Em seguida, a nota também destaca que a “liberdade de imprensa” é um direito constitucional. “Prestamos nossa solidariedade com os colegas de profissão que exercem o importante papel na democracia de informar a população. Tais atitudes são injustificáveis. A liberdade de imprensa é um direito assegurado pela Constituição Federal e não pode ser impedida em nenhuma situação”, complementa.
Nos últimos dias, jornalistas da Record TV e de outras emissoras, como Band e TV Globo, vem sofrendo agressões na cobertura dos protestos antidemocráticos, realizados por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), em rodovias brasileiras. Em Santa Catarina, por exemplo, manifestantes bolsonaristas encurralaram repórteres da NDTV, exigindo que conteúdos de gravações fossem apagados, em um claro sentido de ameaça.
Já em São Paulo, durante um link ao vivo na Record News, o repórter Yuri Macri e um cinegrafista foram agredidos fisicamente, necessitando de uma intervenção da polícia. Mais cedo, também quinta-feira (03), a apresentadora do Fala Brasil, Mariana Godoy, já havia disparado contra os manifestantes, chamando-os de “vândalos”.
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