Criticada no último domingo (08) por definir os atos golpistas de bolsonaristas como “manifestações”, o jornalismo da Record TV voltou a chamar a atenção do telespectador nesta segunda-feira (09). A emissora do bispo Edir Macedo mudou sua postura para cobrir os atentados à democracia brasileira e aumentou o tom ao falar sobre os terroristas.
Inicialmente, diante dos acontecimentos, a Record se negou a classificar o movimento como algo negativo ou de tamanha regressão. Durante cobertura, anunciou: “Manifestantes invadem a sede dos três poderes. Primeiro foi no Congresso Nacional, depois no Palácio do Planalto e por fim no Supremo Tribunal Federal“. Diante da minimização dos fatos e da repercussão negativa do tratamento ao caso, o discurso jornalístico foi alterado.
No Jornal da Record (Record TV) da noite desta segunda-feira (09), o tom foi oposto ao iniciado 24h atrás. Em reportagem de Ari Peixoto, o telejornal destacou os danos aos monumentos históricos após os ataques e a tamanha perda financeira, consequentemente. “Foi mais do que depredação e vandalismo. O que os extremistas fizeram nos edifícios cedes dos três poderes em Brasília foi um ataque à cultura e história do povo brasileiro. Como uma praga de insetos, deixaram marcas de destruição poucas vezes vistas, como obras raras, que sofreram danos irreparáveis”, inicia matéria.
Ainda em cobertura, Ari conversa com Regina Teixeira de Barros, curadora do Museu de Arte de São Paulo e citou que “uma das obras vandalizadas pelos extremistas em Brasília, foi uma pintura de Emiliano de Cavalcante, considerado um dos maiores nomes do movimento conhecido como modernismo na primeira metade do século 20. A tela “Mulatas”, a mais nobre do salão do Palácio do Planalto, foi encontra com 7 rasgos em tamanhos diferentes. Seu valor estimado é de R$8 milhões”.