Em uma reportagem com mais de 13 minutos, o ‘Domingo Espetacular‘ divulgou detalhes da delação de Dario Messer, conhecido como “doleiro dos doleiros” e Claudio Barbosa, o “Tony”, que afirmam terem sido contratados para facilitar transações financeiras clandestinas dos herdeiros da Rede Globo.
De acordo com a matéria, Claudio Fernando Barbosa de Sousa, confirmou que entregou dinheiro vivo aos irmãos Roberto Irineu – Presidente do conselho de administração do Grupo Globo – e a João Roberto Marinho – Vice-presidente do grupo. Essa informação encontra-se na delação premiada que o doleiro assinou com a justiça. Tony foi preso no Uruguai em 2017 e um ano depois resolveu falar o que sabia, confessando ao Ministério Público Federal que prestava serviços aos irmãos Marinho. Segundo ele, os herdeiros da Rede Globo eram clientes de uma mesa de câmbio ilegal famosa no Rio de Janeiro e comandada por Dario Messer.
Por suas vez, Dario Messer afirmou ao MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) que fazia de 2 a 3 repasses mensais à família Marinho.. Ele declarou que os valores variavam de US$ 50.000 a US$ 300 mil por remessa. A informação foi divulgada com exclusividade pela revista Veja no dia 14 de agosto. Messer é investigado na Lava Jato sob acusação de participar de esquemas nacionais e transnacionais de lavagem de dinheiro entre outros crimes.
Segundo Messer, as transações com os Marinhos eram realizadas na sede da emissora, na capital fluminense, local onde a Record TV gravou parte da reportagem para o Domingo Espetacular. A emissora detalhou como, segundo o doleiro, um dos seus funcionários deixava o dinheiro em espécie com 1 empregado da Globo identificado por Messer como José Aleixo. Messer afirma que os destinatários do dinheiro eram Roberto Irineu e João Roberto Marinho.
A reportagem destacou ainda que, a delação de Dario promete mais; nos próximos meses, segundo o acordo, ele deverá entregar provas ao Ministério Público Federal do que revelou em depoimento.
A equipe do Domingo Espetacular ainda fez uma descoberta: ao visitar o endereço que Dario teria informado a justiça para viver em prisão domiciliar descobriu que ele pode não estar mais lá. De acordo com o porteiro do prédio ele teria deixado o local há 2 meses.
Em nota, a assessoria dos irmãos Marinho nega as acusações:
“A respeito de notícias divulgadas sobre a delação de Dario Messer, viemos esclarecer que Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho não têm nem nunca tiveram contas não declaradas às autoridades brasileiras no exterior. Da mesma maneira, nunca realizaram operações de câmbio não declaradas às autoridades.”