O Profissão Repórter (TV Globo) desta terça-feira (23) traz um olhar profundo sobre os desafios enfrentados pelos moradores do Dique da Vila Gilda, em Santos, litoral de São Paulo. A maior favela sobre palafitas do Brasil foi atingida por dois incêndios em 2025, deixando mais de mil pessoas sem moradia.
Durante dois meses, a equipe de reportagens, liderada por Caco Barcellos, acompanhou a rotina da comunidade, revelando histórias de dor, resistência e esperança.
No início de agosto, cerca de 100 casas da comunidade Caminho São Sebastião foram destruídas por um incêndio. Entre os afetados está Richard, de 9 anos, que perdeu tudo junto ao pai. Alessandra Santos, por sua vez, decidiu permanecer na única casa que restou de pé, sem banheiro ou cozinha, afirmando: “Aqui é tudo que eu tenho. Vou conseguir, tenho fé”.
Menos de um mês depois, outro incêndio consumiu mais 90 moradias, deixando famílias como a de Alan e Aline e o pedreiro Moisés em situação de reconstrução, enfrentando moradias improvisadas e a busca por auxílio-aluguel.
O Dique da Vila Gilda tem origem nos anos 1960 e cresceu quase 300% entre 1970 e 2022. A comunidade convive com a falta de saneamento básico, esgoto e lixo diretamente na maré, canos improvisados para água e becos com fiação precária. Histórias como a de Dona Sônia, que chegou em 1973, mostram a realidade de quem precisou criar raízes em meio a tanta carência.
Entre as novas gerações, Thaís Helena transformou sua experiência em pesquisa acadêmica, estudando precariedade habitacional e questões étnico-raciais em uma população majoritariamente negra. O curso estreito do rio que atravessa a favela contribui para problemas ambientais, incluindo poluição por microplásticos, apontando um cenário de vulnerabilidade social e ambiental.
Esses e outros destaques estão no Profissão Repórter desta terça-feira (23), que vai ao ar a partir de 23h05, logo após o reality Estrela da Casa.