Como o Portal Alta Definição já havia noticiado, o renomado diretor Steven Spielberg e outros integrantes de tradicionais estúdios de cinema, haviam sugerido a Academia De Artes e Ciências Cinematográficas, a retirada de serviços de streaming como a Netflix, da disputa pelo Oscar. No entanto, segundo decisão divulgada na sexta-feira (26), as plataformas podem respirar aliviadas, porque suas produções poderão concorrer ao prêmio.
Toda essa confusão aconteceu após o filme Roma, distribuído e financiado pela Netflix, ter ganho três Oscars, incluindo o de melhor diretor. Spielberg não gostou muito e chegou a criticar abertamente os longas, afirmando que eles deveriam concorrer como filmes para TV, assim disputando o Emmy.
O conselho da Academia no entanto se reuniu e votou para a manutenção do status que diz “qualquer longa-metragem pode ser considerado para o Oscar desde que tenha sido exibido por pelo menos sete dias em uma sala de cinema de Los Angeles”. Esta decisão foi tomada após uma carta do Departamento de Justiça dos Estado Unidos, que trazia um alerta sobre a exclusão dos filmes violarem leis antitruste do país (um conjunto de normas do governo federal e estadual dos Estados Unidos que regulam a conduta e organização de empresas).
Ainda não está claro, se o texto é um fator decisivo, no entanto essa nova movimentação, deixa a Netflix e a Prime Video em uma situação mais confortável, já que ambas estão investindo fortemente no setor. Para efeito de comparação, no ano passado, a Netflix chegou a superar a HBO em indicações ao Emmy. O streaming mais popular do mundo chegou a contratar a melhor estrategista de Hollywood para o seu time.
Spielberg chegou a dizer abertamente que longas da Netflix deveriam, no máximo, ser qualificados como filmes para TV e concorrer ao Emmy, mas não ao Oscar.
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No meio da polêmica, a Academia também decidiu mudar a categoria de “melhor filme de língua estrangeria” para “melhor longa metragem internacional”.
“Nós notamos que a referência a Estrangeiro está desatualizada dentro da comunidade cinematográfica global. Acreditamos que o longa internacional representa melhor essa categoria e promove uma visão positiva e inclusiva do cinema e da arte do cinema como uma experiência universal”.
disseram Larry Karaszewski e Diane Weyermann, co-presidentes do International Feature Film Committee.