Terra e Paixão conseguiu deixar sua marca na televisão brasileira aos 45 minutos do segundo tempo. A novela de Walcyr Carrasco ganhou fôlego nos últimos três meses, com ajustes profundos nos personagens e aposta em elementos clássicos da telenovela, como violões mais carregados e até o famoso “quem matou?”. Mas, Terra e Paixão dava sinais de que terminaria como mais uma novela que atingiu o que a Globo desejava: audiência. Sem coerência com seu início, a trama sempre foi alvo de críticas e ataques nas redes sociais.
Mas, Walcyr Carrasco conseguiu colocar Terra e Paixão na história da televisão brasileira graças ao casal Kelvin e Ramiro, personagens que começaram quase como figurantes, mas que cresceram e roubaram a cena. E chegaram a isso através de uma história de amor que transformou um matador e tocou até o telespectador mais conservador.
“O que realmente importa é o amor”
O último capítulo de Terra e Paixão praticamente terminou com o casamento de Kelvin e Ramiro, o primeiro casamento gay numa novela brasileira. Por isso que Walcyr Carrasco conseguiu colocar sua mutante história entre os títulos que muitos lembrarão no futuro. Mais uma vez, o autor venceu preconceitos e resistências e deu um importante passo na dramaturgia e, principalmente, na luta pela igualdade e diversidade. “Essa união prova mais uma vez que,o que realmente importa e deve ser colocada acima de tudo no mundo é o amor”, diz a celebrante da cerimônia.
E é isso mesmo: amor acima de qualquer barreira e preconceito. Esse é o papel da dramaturgia, dos autores, dos artistas e realizadores. Portanto, fundamental avançar, incluir e ajudar a dissipar a névoa dos olhares cheios de julgamento.
Duas frases ficarmarcadas: “Ter alguém para amar e descobrir que eu também posso ser amado”, decretou Kelvin. “Meu sonho e de um monte de gente que é casar e amar”, disse Ramiro. Uma pequena lição para todos nós.
Atenção
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tem q corrigir a materia
nao foi o primeiro