A forma como os participantes se relacionam é o que difere “The Circle Brasil”, apresentado por Giovanna Ewbank, de outros reality shows de confinamentos, como “Big Brother Brasil” e “A Fazenda”. Nove participantes são confinados em um prédio, com um apartamento personalizado para cada um, na nova produção nacional da Netflix. É tudo muito bonito, a direção de arte caprichou. A escolha do elenco foi acertada, trás uma mistura de personalidades que pode dar o que falar.
O sistema The Circle possui monitores espalhados pelo apartamento. Ele permite a interação entre os jogadores, que podem enviar mensagens, participar de chats, escolher a foto que querem que os outros vejam, tudo isso através de um comando de voz.
Com a ausência de contatos físicos entre os participantes, uma parcela do público pode enjoar facilmente das interações apenas com um monitor. Sem pegação, sem tretas cara a cara, sem convivência. Uma solidão disfarçada e monitorada.
Fakes
Nem todo participante tem seu perfil baseado em fatos reais. Além de fingir ter outra profissão, como médico ou cantora, qualquer um pode utilizar uma nova identidade, ou seja, ter um novo nome e usar fotos de outra pessoa. A probabilidade do outro ser fake é o ingrediente que deixa o jogo mais interessante. Será que Fulano é de verdade? Será que não é?
Eliminação
A dinâmica de eliminação se difere de outros reality shows mais conhecidos. Há uma avaliação entre os participantes, um ranking de quem é mais popular. As duas pessoas mais bem avaliadas, no final de cada episódio, podem escolher quem sairá do jogo. Decisão que só é descoberta no episódio seguinte, uma espécie de gancho para fisgar o espectador.
E a apresentadora?
Quando assisti o teaser do “The Circle Brasil” imaginei que a Giovanna Ewbank seria uma figura presente e indispensável no programa. As frases, soltas e narradas por ela, às vezes soam desnecessárias, como por exemplo: ” Um quebra a cama, e será que o outro bota para quebrar?”. Fica claro que o apresentador é um artigo de luxo por trás das câmeras, e tem apenas a função de narrar a disputa.
POP
A popularidade na rede social Circle é fundamental para seguir na disputa pelo prêmio de R$300 mil. E esse principal requisito é um retrato fiel dessa nova geração que vive conectada com internet, o que pode gerar identificação com uma parcela do público.
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