A Record TV decidiu afastar o repórter Thiago Nolasco por um período de sete dias. O jornalista foi um três repórteres que estiveram presentes na coletiva em que Jair Bolsonaro anunciou que testou positivo para o coronavírus. O presidente fazia uso de máscara, porém conversava com os profissionais de imprensa a menos de 1 metro de distância.
Em contato com o jornalista Gilvan Marques (UOL), a Record TV destacou o afastamento do repórter como uma medida de precaução e afirmou que todos os profissionais que tiveram contato com pessoas infectadas só retornam ao trabalho depois de fazer um novo teste.
Além de Nolasco pela Record TV, estiveram presentes repórteres da CNN Brasil e TV Brasil. Até o momento, as emissoras não se posicionaram sobre a questão.
ATUALIZAÇÃO às 18h45: A CNN Brasil divulgou que também afastará o repórter Leandro Magalhães, presente na coletiva.
Resposta do Sindicato
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) enviou um ofício aos veículos de comunicação pedindo a suspensão da cobertura presencial no Palácio do Planalto, em Brasília. Segundo a entidade, Bolsonaro colocou a saúde dos profissionais da imprensa envolvidos em risco.
“Imagens e denúncias que chegaram ao SJPDF comprovam que o presidente da República, positivo para a covid-19, colocou em risco os jornalistas e as equipes ao fazer o anúncio. Por que o presidente não solicitou que um médico o fizesse? E qual será a postura daqui para frente”, questionou o sindicato em nota.
A entidade ainda informou que cobrará do Ministério das Comunicações que informações provindas do Poder Executivo sejam repassadas sem expor os jornalistas. O SJPDF também afirmou que não descarta acionar o presidente na Justiça, caso os jornalistas testam positivo para a doença.
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