O Power Couple Brasil 6 é um reality show que além de brigar com a concorrência é testado pela própria grade de programação da Record TV. Com falta de estratégias e a dramaturgia em estado de decadência, a emissora parece que joga contra o produto mais assistido da grade atualmente. Mas, em todos os testes diários, o programa de Adriane Galisteu com direção de Rodrigo Carelli, se mostra um verdadeiro guerreiro e está sempre no Top 5.
Há mais de um mês no ar, o Power Couple começou quebrando qualquer resquício de marasmo que o BBB 22 (TV Globo), deixou. Foram tantas tretas, que rolou expulsão e até ficou cansativo. Mas, com alguns puxões de orelha da direção e da Galisteu, a atração voltou ao seu ritmo original com provas de tirar o folego colocando todo mundo ‘no limite’. Trocadilhos à parte, o programa nunca passou do teto de 6 pontos de média, quando no máximo atingiu 8 de pico. Mas a cada dia que passa, o cenário de audiência deixa claro que o problema não está na escolha do elenco, na produção, nem tampouco na apresentação e sim na própria emissora.
Desde a estreia, o Power Couple Brasil 6 vem enfrentando uma sequência de erros estratégicos da programação e, principalmente, da dramaturgia. Começando por Reis que não conseguiu emplacar o estilo série bíblica no horário das nove, entregando em baixa para a reprise da novela Jesus, que por sua vez fazia uma entrega ainda pior para o reality de casais. Porém, tudo virou uma ladeira sem fim, quando a Record TV estreou a série Todas As Garotas em Mim, esta prejudica qualquer produto antes e depois na programação.
Mesmo assim, como um verdadeiro guerreiro, o programa sempre eleva em até 2 pontos do que recebe. Para efeito de comparação, na noite de ontem (03), a reprise de Amor Sem Igual marcou 3,6 pontos de média com 5,5% de share, enquanto o Power Couple fechou com 4,5 pontos de média e 9,3% de participação.
É lamentável que, por razões inexplicáveis, o canal não valorize um produto bem feito que atinge um bom e fiel público. Uma rede de televisão onde entretenimento, jornalismo e novelas não conversam, o declínio é uma questão de tempo. Não é uma praga, mas uma constatação.
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