Na noite de terça-feira (18), durante a exibição do Jornal da Record (RECORD), a emissora foi a primeira a anunciar que a PGR havia denunciado o ex-presidente Jair Bolsonaro por seu suposto envolvimento em um plano de golpe de Estado após as eleições de 2022. A notícia foi dada com exclusividade pela emissora, que transmitiu um link ao vivo direto de Brasília, com o repórter Clébio Cavagnolle. A transmissão ocorreu minutos antes do encerramento do telejornal.
Pouco depois, por volta das 21h13, o Jornal Nacional (TV Globo) também divulgou a informação, mas já com mais de 10 minutos de atraso. Na TV paga, a CNN Brasil foi uma das primeiras a fazer a cobertura do caso com seu plantão “Breaking News” dentro do programa CNN Prime Time.
A denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa armada com o objetivo de frustrar o resultado das eleições de 2022. O ex-presidente foi indiciado por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e outros crimes. A denúncia será analisada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O que acontece agora?
Após a denúncia, o ministro Alexandre de Moraes dará um prazo de 15 dias para que os denunciados enviem uma resposta por escrito. A decisão final sobre o recebimento da denúncia será tomada pela Primeira Turma do STF, que poderá aceitar ou não a acusação. Caso seja aceita, os denunciados se tornarão réus e responderão criminalmente pelo caso.
Segundo a PGR, a investigação que resultou na denúncia foi baseada em documentos, trocas de mensagens e provas obtidas pela Polícia Federal. A apuração identificou a existência de seis núcleos responsáveis pela tentativa de golpe, incluindo grupos de desinformação, incitação a militares e apoio às ações golpistas.