Kate Winslet é novamente protagonista de mais uma série da HBO. Depois de estrelar a excelente minissérie ‘Mare of Easttown’, desta vez, a atriz vive Elena, chanceler de um país autoritário na Europa Oriental. O Regime estreou chamando bastante atenção, mas dividiu os especialistas e conquistou apenas 58% de aprovação pelo Rotten Tomatoes.
A série gira em torno de uma premissa e personagens interessantes. Elena é uma líder neurótica e paranoica que transformou um antigo hotel do país em seu palácio e sede do governo. Em contraponto, Herbert Zubak (Matthias Schoenaerts), é um ex-militar conhecido por ter participado de um grande massacre que marcou a história recente do país. Ao contrário do que os funcionários do palácio acreditam, Herbert consegue conquistar a confiança de Elena e influenciá-la em suas decisões governamentais.
Sobretudo, a série nasceu com o objetivo de trazer uma linguagem sátira em um contexto de crítica ao comportamento de alguns países orientais. Entretanto, o roteiro não traz o humor esperado para que essa premissa fosse claramente compreendida. As falas e ações estranhas sobrecarregam o elenco que tenta imprimir os personagens com pouco material para trabalhar. Mesmo assim, Kate Winslet brilha.
Ao contrário do roteiro, e semelhante ao nível de produção da HBO, cenários, fotografia e arte fazem um trabalho excepcional de forma que O Regime seja uma série ‘bonita’ de assistir. Como resultado de tudo, os pontos fortes e fracos da série se equilibram.
Neste domingo, o terceiro episódio de seis foi lançado na Max e a série segue sem muita novidade. Cada episódio, desperta interesse e curiosidade para saber o que vem pela frente, mas, paralelamente, há a a sensação de falta de expectativas de que ela vá se superar e surpreender.