A cerca de 600 quilômetros de onde fez história, Daniel Cohn-Bendit fez de Frankfurt, na Alemanha, seu novo lugar e é lá que ele recebe Pedro Bial para conversar sobre Copa do Mundo, futebol, o jogador Sócrates e, claro, o famoso Maio de 68, em Paris, do qual ele foi um dos líderes – mesmo quando se leva em consideração que o movimento não teve uma liderança.
No ‘Conversa com Bial’ desta segunda-feira, dia 7, Dany Le Rouge, como ficou conhecido o político, comenta sobre as manifestações de junho de 2013 no Brasil, comparadas com as de Paris.
[bs-quote quote=”“Cada movimento social tem suas razões e formas. No Brasil, em 2013, se abordou um tipo de injustiça: muitos investimentos em Copa do Mundo enquanto os hospitais e escolas estavam malcuidados. Um ano antes da Copa e no momento em que ia acontecer a Copa das Confederações, o Brasil estava sendo observado e os protestos, com certeza, seriam ouvidos naquele período”, avalia o francês.” style=”style-7″ align=”center” color=”#81d742″][/bs-quote]“Cada movimento social tem suas razões e formas. No Brasil, em 2013, se abordou um tipo de injustiça: muitos investimentos em Copa do Mundo enquanto os hospitais e escolas estavam malcuidados. Um ano antes da Copa e no momento em que ia acontecer a Copa das Confederações, o Brasil estava sendo observado e os protestos, com certeza, seriam ouvidos naquele período”, avalia o francês.
Cohn-Bendit é um apaixonado por futebol e política, o que coloca Sócrates, o jogador morto em 2011, como uma das figuras que ele mais admira.
“Sócrates mostra que é possível amar o futebol (ele era um jogador que deu o melhor ao esporte) e ao mesmo tempo fazer reflexão política. Ninguém é obrigado a ser burro para jogar futebol”, afirma, discorrendo sobre detalhes da vida do atleta desde sua infância.
Em uma análise sobre aqueles que estão em campo hoje, ele diz que “Neymar precisa se recuperar, e talvez seja um dos grandes nomes da Copa da Rússia. Messi nunca foi tão bom jogando com a Argentina, e há muitos que podem virar astros, mas, se me perguntar quem vai ganhar, tenho uma ideia: a França.”
Complementando o papo, Bial convida para o estúdio João Moreira Salles, diretor do documentário “No Intenso Agora”, em que aborda o período de Maio de 68, e Claudio Prado, produtor cultural que viveu essa fase em Londres.