Após deixar a Globo, onde atuou como comentarista do SporTV por muitos anos, Maurício Noriega abrilhanta o sofá do The Noite (SBT) desta segunda-feira (22). Agora na Transamérica, onde comanda o ‘Papo de Craque’, Maurício responde todas as perguntas de Danilo Gentili em um bate papo descontraído.
O comentarista não esconde que estava insatisfeito no canal: “Teve uma época que eu falei ‘será que vou acabar minha carreira aqui? Será que tem vida fora daqui?’. E estou vendo que tem uma vida bem legal. É legal descobrir que tem outras possibilidades”.
Noriega passou 21 anos na Globo, até que foi demitido em abril deste ano.
Maurício ainda fala sobre as outras demissões no setor esportivo.
A empresa toma as decisões dela. Eu estou em uma outra fase da vida agora, quero ser feliz. Precisa acontecer renovação na vida, mas para mim, ela é sempre do pior para o melhor. Você tem que ter um parâmetro de qualidade. Todas essas pessoas que saíram (de lá), tenho certeza de que elas não deixaram de entregar.
Parceria com Milton Leite
Ao falar da parceria com Milton Leite, declara: “A gente demorou para caramba para construir essa parceria. Foram 18 anos fazendo jogos juntos, a gente tinha um retorno legal das pessoas nas ruas, rede social. A entrega era super bacana e de repente as coisas mudaram e a gente deixou de fazer juntos. Mas a amizade ficou. É um cara espetacular”.
Problemas com torcidas
Ele diz que já teve problemas com torcidas e conta um episódio de 2005, em um jogo entre Santos e Corinthians. “Aconteceu um pênalti a favor do Corinthians. O Giovani, que jogava no Santos, pega a bola e dá um bico para a arquibancada. Os caras foram direto na nossa cabine e quebraram a cabine inteira. Jogaram monitor no chão, luz, agrediram um operador de áudio”, relata. Noriega recorda o pai, Luiz, que também foi um grande locutor, comentando como ele era próximo de Pelé. Segundo Maurício Noriega, em uma ocasião, seus pais estavam com o jogador em um aeroporto e sua mãe, grávida, foi confundida por uma fã com a esposa do Rei. “Fui príncipe por um momento”, brinca.
Abel Ferreira
Questionado se acha ruim que um estrangeiro treine a seleção brasileira, diz: “não vejo nenhum problema…. Se fosse avaliar por resultado e desempenho, teria que ser o Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, português. Só que não sei se ele aceitaria e acho que não deveria aceitar, mesmo convidado, porque vai pegar uma roubada”. E opina sobre Luxemburgo no Corinthians: “acho muita sacanagem isso de falar que o cara está ultrapassado. É muita maldade, falta de respeito. Acho que ele tem possibilidade de dar certo, o problema é que as coisas estão tensas no Corinthians. É bom treinador, mas ninguém faz milagre”.
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