O Conversa com Bial dessa segunda-feira (13), na TV Globo, entrou no clima da última semana de Mar do Sertão. A atração recebeu como convidados especiais a paraibana Isadora Cruz e o pernambucano Renato Góes, protagonistas da novela das seis, em que o sotaque nordestino é fortemente presente. No entanto, os atores nem sempre foram celebrados pelas variações linguísticas e contaram as suas experiências na entrevista.
Já me falaram muito que eu tinha que mudar na minha vida, porque as pessoas nunca iam conseguir me enxergar fora do sotaque.
afirmou Isadora
A atriz ainda ressaltou que manter o sotaque é a sua “essência e identidade” na vida.
Muita gente me dizia que, pra eu pegar trabalho aqui [no Rio de Janeiro], eu tinha que neutralizar na vida. O que eu nunca entendi e nunca fiz porque acho que é a nossa essência e identidade. Que bom que finalmente está tendo esses espaços pra gente contar essas histórias cada vez mais, porque acho que agora o Brasil se apaixonou pelo Nordeste. Quem já não era apaixonado, se apaixonou, e são portas que não se fecham mais. Acho que a gente tá abrindo um caminho lindo.
compleotu ela
Na sequência, Renato Góes concordou com a análise da colega. Ele ainda citou que muitos atores consagrados no cinema nacional abriram o caminho para eles, permitindo também que produções como Mar do Sertão fossem possíveis.
Somos o resultado de uma batalha longa. Eu, por exemplo, tive essa fase o do sotaque e da adequação aliviada pelo que o cinema pernambucano, paraibano, baiano, nordestino, fez por mim antes de eu vir para cá [Rio de Janeiro].
disse Renato
O ator fez questão de frisar que hoje atualmente as “minorias”, como os nordestinos, estão em alta.
A gente tá colhendo um fruto do que o cinema fez pra gente. Se valorizou e fez com que a TV olhasse aquele produto, que na verdade é uma tendência mundial. Tudo aquilo que sempre foi chamado de minoria, hoje está em alta. Porque minorias sempre foram as maiorias.
defendeu Góes
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