Morreu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, o ator Francisco Cuoco, um dos maiores nomes da teledramaturgia brasileira e símbolo do galã nas novelas nacionais. Ele estava internado há 20 dias no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Até o momento, a causa oficial da morte não foi divulgada.
Nos últimos anos, Cuoco enfrentava complicações de saúde decorrentes de uma infecção nos rins, que afetou sua mobilidade. Apesar das dificuldades, sua trajetória artística permanece viva na memória do público.
Um dos retratos mais marcantes do impacto do ator na cultura popular está registrado em imagens do início dos anos 1970, quando uma multidão aguardava sua saída após uma apresentação no Theatro Municipal de São Paulo. A cena, documentada pela TV Globo no programa Só o amor constrói (1973), mostra fãs de todas as idades cercando Cuoco e exigindo sua atenção, enquanto ele era escoltado por agentes policiais.
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Cuoco construiu quase 70 anos de carreira dedicados a personificar o ideal de galã. Nascido e criado no bairro do Brás, em São Paulo, o ator emprestou seu rosto, voz e corpo para personagens carismáticos e sedutores, conquistando o público em uma época em que a televisão brasileira ainda dava seus primeiros passos.
Em 1970, ano em que estreou na TV Globo como protagonista da novela Assim na terra como no céu, de Dias Gomes, Cuoco também aparecia simultaneamente em outra novela, Sangue do meu sangue (1969), da TV Excelsior, que havia sido adquirida pela TV Tupi. Isso demonstra a força e versatilidade do artista, que esteve presente em várias emissoras ao longo da carreira.

Entre seus trabalhos mais memoráveis na Globo, além das versões originais das novelas Selva de Pedra (1972) e Pecado Capital (1975), estão O Astro (1977), onde viveu o icônico personagem Herculano Quintanilha, e O Outro (1987), em que interpretou papéis duplos, consolidando sua versatilidade e talento.


Francisco Cuoco deixa um legado imenso e será sempre lembrado como um dos maiores galãs da televisão brasileira.