O programa Mídia em Foco apresenta uma perspectiva histórica e contemporânea sobre o teatro nacional na edição inédita desta segunda (11), às 22h45, na TV Brasil. Para ajudar a construir esse perfil, a atração jornalística recebe o produtor teatral Atilio Bari, a publicitária Erika Hoffgen e o diretor de teatro Rubens Velloso.
A arte de interpretar nos palcos ainda atrai um público cativo. “O teatro não tem preconceitos. O teatro gosta do preto, do branco, do japonês, do gay, da travesti, da lésbica e das novas tecnologias também. O teatro abre, abraça tudo, acho que esse é um dos motivos da sobrevivência do teatro ao longo desses tantos séculos”, defende Atilio Bari.
No Brasil, o teatro surge no século XVI com intuito de propagar a fé religiosa. Os autos escritos pelo Padre José de Anchieta nesse período foram as primeiras peças encenadas em solo brasileiro.
A partir do século XIX, com a conquista da independência e o início do romantismo, um teatro realmente nacional começa a se estabelecer como nas tragédias de Gonçalves de Magalhães e nas comédias de Martins Pena.
Gerente de projetos da Cennarium, plataforma sob demanda de conteúdo teatral, a publicitária Erika Hoffgen analisa o teatro brasileiro. “É extremamente criativo e tem diferentes expressões desde monólogos, passando aí pelo stand up, por dramas enfim todos os gêneros”, enumera.
A convidada comenta a interação com a realidade e a repercussão internacional dessa arte no país. “O teatro brasileiro tem uma capacidade de trazer questões da nossa cultura, políticas e de reflexão. É um teatro que tem sido muito reconhecido também. Muitos grupos brasileiros participam das principais mostras de teatro internacionais que acontecem no Brasil e companhias e apresentações que são reconhecidas mundialmente”, afirma.
A relação com as novas mídias e com outras tecnologias pauta é assunto para o diretor de teatro Rubens Velloso, da Companhia Phila 7. “Quando você começa introduzir mídia no teatro, você não macula o teatro, mas sim amplia a possibilidade dele”, explica.
Rubens Velloso reflete sobre a arte na rua. “Hoje o teatro não tem mais um espaço específico: ele é na rua, pode ser num buraco do metrô e ele vai existir sempre, mas você pode sempre expandir essa potência através das novas mídias que nós construímos. São extensões corporais e neurais”, completa.