Nesta sexta-feira (15) Mariana Godoy recebe em seu ‘Mariana Godoy Entrevista‘ o eterno Trapalhão Dedé Santana. Durante a conversa, o ícone do humor brasileiro fala sobre a filha Yasmim Sant’anna e explica porque não gostaria que ela fosse atriz. “É uma profissão sofrida porque não depende só do talento, depende da sorte também”, diz ele, que ainda recorda a primeira vez que viu a herdeira no palco. “Quando vi, ela já estava numa peça, era uma comédia. Minha filha mais velha me levou e dei muita risada com ela [Yasmim]. Depois fui ao camarim e ficou um suspense. Quando entrei, ela ficou me olhando e eu falei: ‘é, minha filha, você não podia fazer outra coisa na vida’, e ela me abraçou e chorou”.
Oitava geração de uma família de artistas circenses, Dedé relembra também a perda do pai quando tinha apenas 14 anos de idade. “Ele morreu atropelado quase que na porta do circo e nós não tínhamos dinheiro. O circo estava lotado e minha mãe falou: ‘se a gente não trabalhar, não vamos ter dinheiro para enterrar seu pai’. Era o público aplaudindo e a gente chorando”, relembra.
Com participação em sete filmes e três peças de teatro nos últimos três anos, Dedé afirma que se considera realizado na profissão. “É uma felicidade tão grande para mim estar no palco, uma honra. (…) Faço 83 anos e só tenho que agradecer muito a Deus e a vocês, que fizeram de mim o eterno Trapalhão”, diz ele, que no próximo dia 7 estreará no espetáculo ‘Circo da Turma da Mônica – O Primeiro Circo do Novo Mundo’, em parceria com Mauricio de Sousa.
Após ficar entre a vida e a morte por problemas cardíacos, o artista conta que passou a se relacionar mais com Deus. “Descobri que meu filho era evangélico e trouxeram uns pastores até o hospital, eles oraram por mim e no outro dia eu estava bem. Os médicos disseram que foi um milagre e de lá para cá eu falei: ‘Deus é bom, é maravilhoso’. Sempre oro, antes da peça chamo todo o elenco e faço uma oração com eles”, pontua Dedé, que ainda garante “não ter medo da morte”.