Como antecipado pelo Portal Alta Definição, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Marcius Melhem, ex-diretor da TV Globo, por assédio sexual. No entanto, novos detalhes da denúncia apontam que o humorista fez uma “caçada sexual” contra uma das mulheres.
De acordo com o texto divulgado pelo Metrópoles, o ator usava sua função para constranger a denunciante a fim de obter favorecimento sexual.
Marcius Melhem soltava comentários inapropriados sobre a beleza e as qualidades físicas dela.
diz a promotora Isabela Jourdan.
O documento ainda revela que Marcius fazia comentários de cunho sexual durante o expediente, realizava contatos físicos inadequados como pegar na cintura e cheirar pescoço.
Era um ostensivo assédio afetivo/sexual invasivo e unilateral, realizado como forma de expressão de sua lasciva
diz o texto.
Como a vítima teria o interesse de conquistar novos espaços na TV Globo, Melhem teria feito diversas tentativas de marcar encontros fora da emissora para tentar “ajudá-la”. É neste momento que o documento conclui a “caçada sexual”.
A fim de lograr êxito em sua ‘caçada sexual’, o denunciado passou então a dizer que amava a vítima, e a fazer afirmações constrangedoras no ambiente de trabalho, tais quais ‘sou o homem ideal para você’; ‘quando você vai largar aquele seu namorado?’, além de propostas sexuais realizadas em tom de brincadeira
diz a denúncia do MPRJ.
A denúncia do MP
O Ministério Público do Rio de Janeiro ofereceu denúncia contra o humorista Marcius Mellhem ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), por por assédio sexual contra 3 mulheres.
Os depoimentos que embasaram a ação do MP são das atrizes Carol Portes e Gerogiana Góes, além de outra funcionária que não quer ser identificada.
Enquanto isso, a defesa de Marcius Melhem questiona no Supremo Tribunal Federal (STF) a atuação da promotora Isabela Jourdan. O pedido está com o ministro Gilmar Mendes.
A defesa do humorista argumenta que a entrada de Jourdan no caso fere o princípio do promotor natural. Se o pedido for aceito, os atos da promotora podem ser cancelados. Assim, o caso sofreria uma reviravolta.