O caso “Dani Calabresa x Marcius Melhem” ganhou mais um capítulo. Acusado de assédio e importunação sexual em 2020, o humorista e ex-diretor do extinto Zorra (TV Globo) alega, após um ano de investigação, que a atriz tinha conversas de teor íntimo mesmo após a acusação – divulgada por Ricardo Feltrin, do UOL, nesta quarta-feira (15). O conteúdo em questão está sendo usado por Marcius como prova para tentar sua inocência.
Cerca de 270 mensagens foram apresentadas pela ex-diretor global aos órgãos jurídicos, onde em uma delas, Calabresa diz: “mostrei (nudes) sem vc pedir!!!! Agora vou ter de mandar pro Cinti, pra dá força”, em clima amistoso e de flerte. Em outro momento, a atriz fala do seu dote: “Deus te deu vários dons 🍆👱♀️💦… Desculpa, o emoji certo era esse 🎤”.
Atualmente presentando um programa de humor no GNT, Dani Calabresa acionou a justiça para informar que sofreu abuso moral por parte de Marcius desde 2015, quando entrou na Globo. A defesa recorreu a acusação com uma mensagem enviada pela própria Dani, onde diz: “Obrigada, você me trouxe para trabalhar, mas vc não tem ideia de como sou feliz no Zorra. 2 anos de um trabalho feliz demais! OBRIGADA 😘❤️”.
Entenda o caso
Em março de 2020 a Globo emitiu uma nota comunicando o afastamento de Marcius por quatro meses para acompanhar um tratamento da filha no exterior. Meses depois, mais precisamente, em dezembro, a Revista Piauí publicou com exclusividade uma matéria com relatos de Dani Calabresa sobre o caso de assédio sexual e moral por parte de Marcius Melhem.
A humorista ainda alega que desde que entrou na TV Globo, em 2015, sofreu diversos boicotes por parte do seu ex-diretor. Na reportagem é descrito um episódio em que Melhem teria agarrado a atriz e tentado beijá-la a força. Antes de expor o caso, Dani procurou alguns amigos de trabalho pra tratar a questão de outra forma.
Após as acusações, o caso passou a ser investigado nos bastidores da emissora, havendo, inclusive, uma mobilização por parte da produção do programa para colher assinaturas a favor deles. Desta vez, já havia passado os 4 meses do primeiro afastamento de Marcius, e a emissora emitiu uma outra nota oficializando a saída definitiva do diretor, mas sem mencionar as acusações por parte da atriz.
Após torná-lo público, outras mulheres também o acusaram de assédio sexual e, em alguns casos, moral. Uma delas chegou a relatar que algumas vezes em que foi encontra-lo para reunião de pauta, ele já chegou a recebe-la de “cueca, com a calça abaixada ou sem calças”, disse.
Uma outra atriz informou que ele já chegou a chama-la de “piranha” e que já testemunhou o diretor propondo relações sexuais com as colegas de trabalho. Já uma outra vítima afirma que tanto ela quanto outras foram boicotadas profissionalmente por terem resistido às investidas sexuais dele.
Um outro ponto que veio à público, foi o ocorrido na festa de fim de ano da equipe do “Zorra”, onde Dani Calabresa diz que foi forçada a entrar em um banheiro com o diretor. Sobre este episódio, Marcius apresentada apresenta uma conversa com Dani, onde ela diz: “Meu Deus bom dia rs 🙊🙊🙊. Não lembro o que a gente “falou”, só dos 7 GINS que eu tomei? E de alguns beijos 🙈❤️💦”. E na sequência Melhem responde: “Como não bebo, lembro de mais um pouquinho. Dos beijos e de algumas coisinhas mais”.
Em 2021 a Justiça do Rio de Janeiro proibiu a veiculação da reportagem da Revista Piauí, pois violava o sigilo do processo judicial. E, também, por decisão da Justiça, Melhem está proibido de tentar contato com as vítimas que o acusam e divulgar conversas privadas que tenha mantido com elas.
Após mais de 1 ano de investigação, Melhem nega as acusações e garante que sempre respeitou todas funcionárias com as quais trabalhou e processa a atriz por danos morais, calúnia e difamação. A atriz, que inicialmente decidiu não acionar a Justiça, agora moveu ação proibindo-o de divulgar suas mensagens pessoais, enviadas por WhatsApp.
As mensagens estão no auto do processo, que correm em segredo de Justiça.
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