Léo Batista, uma das vozes mais icônicas da comunicação brasileira, faleceu neste domingo (19), aos 92 anos. Conhecido por sua atuação em diversos momentos históricos do país, ele se tornou um nome indiscutível da televisão e do rádio, com mais de 50 anos de carreira na TV Globo. A informação foi divulgada pela Globo News.
Ao longo de sua trajetória, Léo Batista esteve presente em momentos decisivos da história do Brasil, como o anúncio da morte de Getúlio Vargas em 1954 e, 40 anos depois, a tragédia envolvendo o piloto Ayrton Senna, no acidente de Fórmula 1 em Ímola, na Itália.
Com uma carreira sólida, Léo conquistou um lugar no coração dos brasileiros, principalmente como narrador de esportes, onde se destacou em coberturas de Copas do Mundo, Olimpíadas e Fórmula 1.
Início da Carreira
Natural de Cordeirópolis (SP), Léo começou sua trajetória no rádio ainda adolescente. Aos 15 anos, com o incentivo de um primo, ingressou no serviço de alto-falante da cidade e logo se destacou.
Após passagens por rádios em Birigui e Piracicaba, chegou ao Rio de Janeiro em 1952, onde começou a construir sua carreira. Em sua chegada à Rádio Globo (Globo), Léo foi orientado a adotar o nome artístico de Léo Batista, sugestão do jornalista Luiz Mendes, e esse nome se tornou um marco em sua trajetória.
Contribuições para a TV Brasileira
Léo Batista foi um precursor dos programas esportivos da TV Globo. Ele participou da criação do “Esporte Espetacular” e apresentou o “Copa Brasil”, que mais tarde deu origem ao “Globo Esporte”.
Além de seu trabalho no esporte, Léo também se destacou em outros programas da emissora, como o “Jornal Nacional”, o “Jornal Hoje” e o “Fantástico”. Foi nesse último que ele ficou eternizado com a apresentação dos resultados da loteria esportiva ao lado de uma zebrinha e com o quadro “Gols do Fantástico”, onde sua voz marcou a narração de gols históricos.
Ao longo de sua carreira, Léo Batista recebeu diversas homenagens. Em 2024, foi tema da série documental “Léo Batista, a Voz Marcante”, disponível no Globoplay. Além disso, uma cabine de imprensa no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, foi batizada com seu nome, uma justa homenagem ao torcedor fervoroso do Botafogo.
Com um legado imortalizado na memória dos brasileiros, Léo Batista deixa um vazio no mundo da comunicação, mas sua voz continuará sendo lembrada por gerações. Ele sempre disse que sua missão era continuar trabalhando até não ter mais condições de fazê-lo, o que se deu até pouco antes de sua morte.