A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado (MPRJ) e tornou réus o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, e seu amigo Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira. Ambos vão responder por tentativa de homicídio qualificado contra policiais civis durante uma operação na residência do artista.
O episódio ocorreu na madrugada de 22 de julho, quando agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão relacionado a um menor investigado por tráfico e roubo. De acordo com o MPRJ, Oruam e seus amigos impediram a entrada da polícia. Além disso, arremessaram pedras de cerca de 5 kg de uma altura de 4,5 metros, colocando os agentes em risco iminente de morte.
A denúncia ressalta que “houve risco real de morte, já que os objetos poderiam atingir o crânio dos policiais”. A perícia técnica ainda identificou que as pedras jogadas contra os agentes eram semelhantes às encontradas no jardim da casa do rapper.
O Ministério Público ainda aponta que o crime foi cometido por motivo torpe e com uso de meio cruel, elementos que podem enquadrar o caso na Lei dos Crimes Hediondos.
Após o ocorrido, Oruam chegou a gravar vídeos da ação policial e publicá-los em suas redes sociais, desafiando as autoridades. No dia seguinte, ele se entregou à polícia e atualmente está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu 3).
Por meio de nota oficial, a assessoria do cantor afirmou que ele agiu em um “momento de desespero e legítima defesa”. No entanto, além da tentativa de homicídio, Oruam já responde por outros sete crimes, entre eles: Tráfico de drogas, Associação para o tráfico de drogas, Ameaça, Lesão corporal, Dano, Resistência e Desacato.