O rapper Oruam ganhou liberdade após decisão do ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O magistrado concedeu liminar nesta quinta-feira (26) que revoga a prisão preventiva do artista, que estava detido desde 22 de julho. A notícia foi divulgada durante o Brasil Urgente (Band) nesta sexta-feira (26).
Segundo o comunicado do tribunal, a medida se baseia no entendimento de que o decreto de prisão tinha “fundamentação insuficiente, em princípio, para a imposição da segregação antecipada”.
Oruam foi indiciado por sete crimes, entre eles associação ao tráfico de drogas, tráfico de drogas, resistência e desacato. As acusações se referem a um episódio ocorrido no domingo (21), na porta de sua casa, localizada no Joá, zona oeste do Rio de Janeiro.
Na ocasião, o rapper e um grupo de amigos teriam hostilizado agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (Polícia Civil), que cumpriam mandado contra um adolescente ligado ao tráfico de carros e apontado como segurança do criminoso Edgar Alves de Andrade, o Doca, chefe do Comando Vermelho na Penha.
De acordo com relatos policiais, o grupo atirou pedras contra a viatura e gravou vídeos divulgados nas redes sociais. Um dos suspeitos teria corrido para dentro da residência de Oruam, o que motivou a entrada dos agentes no imóvel. O artista negou que a ação fosse legal e afirmou ter sido alvo de tentativa de prisão.
Oruam é filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, considerado um dos principais líderes históricos da facção criminosa e atualmente preso em regime federal fora do Rio.