O ator Kevin Spacey, de 63 anos, foi condenado a pagar US$ 31 milhões (R$ 161 milhões) à produtora MCR, responsável pela série House of Cards, onde atuou entre os anos de 2016 e 2017, na Netflix. Acusado de assédio e agressão por parte de vários colegas de produção da série, Kevin desembolsará o valor em caráter indenizatório.
Mel Red Recana, juiz do Tribunal Superior de Los Angeles, responsável pela causa em questão, confirmou uma sentença anteriormente no final de 2020, onde já determinava o pagamento de cerca de US$ 29,5 milhões por danos e US$ 1,5 milhão em custos e taxas. O valor se refere aos gastos com a produção de “House of Cards” e aos milhões em lucros que teriam com a continuação da série, que precisou ter remoção do seu personagem na sexta temporada e reduzi-la de 13 episódios para oito.
Dentre as acusações, um assistente de produção informa que o ator tentou apalpá-lo sem seu consentimento. Kevin Spacey, então, foi demitido do elenco de “House of Cards” em novembro de 2017. Já no início deste ano, os advogados de Spacey contestaram a decisão alegando que seu comportamento não passava de “insinuações sexuais” e “brincadeira inocente” e não violava a política anti-assédio do MRC.
Mas em maio, o ator teve mais quatro acusações de assédio e uma incitação por “fazer uma pessoa se envolver em atividade sexual com penetração sem consentimento” por parte do Crown Prosecution Service (CPS) do Reino Unido. Os supostos incidentes ocorreram em Londres e Gloucestershire entre 2005 e 2013, e só somaram com as acusações atuais da produtora MCR.
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