Nesta quarta-feira, a Globo divulgou a primeira chamada de Renascer, nova novela da emissora que vem em meio a dúvidas de que se de fato é uma boa hora para mais um folhetim rural. Clássico dos clássicos de Benedito Ruy Barbosa, conta em duas fases a história de Inocêncio. Pego em tocaia, tem seu corpo praticamente cortado e “remendado” por um forasteiro. Salvo da morte, ele firma um pacto com um jequitibá rei. Aos pés da árvore jura que irá enriquecer e não vai morrer até tal facão ser removido dali. Um encantamento místico que norteia toda a trama.
Maria Santa
Apaixonado por Maria Santa, Inocêncio jura devoção a sua amada. Com ela tem quatro filhos e a moça padece ao dar à luz a João Pedro. Neste momento, a história ganha outro contorno: a rejeição do pai ao filho, já que este atribui ao filho a morte da mãe. Anos se passam e João Pedro sente cada vez mais distante do pai. E uma mulher acaba por unir em ódio pai e filho. Mariana, a jovem mulher casa-se com Inocêncio, mas de olho no filho, explode a crise na família.
Vem muito por aí. Vale conferir?
Assinado por Bruno Luperi, o remake vem em um momento delicado da TV. Estamos vindo de um ano sem grandes destaques e uma audiência baixa, o que pode dar a Renascer um começo lento, já que começa às vésperas do carnaval.
A atmosfera rural é um elemento que afasta parte do público que não tem interesse nesse tipo de histórias. E trazer para os dias de hoje uma história do início dos anos 90 deve ser tratado com muita atenção. Renascer é uma história majoritariamente patriarcal e, tendo esse fio condutor, nos dias de hoje deve ter um outro olhar pra iluminar uma história clássica que encantou o Brasil naquele 1993