Nesta quarta-feira (09) triste, a notícia da morte da cantora Gal Costa fez milhões enxergarem o fenômeno que ela foi na história da música brasileira. A dona de uma voz cristalina e incomparável, ganhou destaque no Jornal Nacional (TV Globo), com exibição de depoimento de grandes nomes da música nacional e os grandes feitos da carreira ao longo de mais de 50 décadas.
“Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 06 de setembro de 1945. A baiana de Salvador sempre sonhou com os palcos. O primeiro contato mais íntimo foi do outro lado do balcão. Gal trabalhou numa loja de discos quando adolescente. Tinha 18 anos quando conheceu Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Betânia. Estreou como cantora em 1964 e a primeira gravação foi ao lado da amiga, Maria Betânia. O primeiro álbum foi em parceria com o também estreante Caetano Veloso. Além da amizade, foi por necessidade […] e lançaram “Domingo”, em 1967. Nessa época, a menina de 20 e poucos anos cantava mansinho, pra dentro. Veio o movimento tropicalista e Gal surpreendeu ao usar cabelo black, figurino ousado e soltando a voz. Foi assim que a mídia começou a considerá-la musa do tropicalismo”, citação do Jornal Nacional sobre a carreira de Gal Costa.
A matéria também destacou o papel da cantora no período da ditadura militar. O telejornal apresentado por William Bonner e Ana Paula Araújo enalteceu suas parcerias musicais, evidenciou o dom do canto e engrandeceu sua carreira ao falar dos números e conquistas profissionais, como se reinventar em tempos difíceis, como nos últimos dois anos com a pandemira de Covid-19. “A capacidade de se transformar ajudou Gal a passar pelos piores momentos da pandemia sem deixar de produzir. No início do ano passado Gal Costa lançou o álbum “Nenhuma Dor”, com dez duetos gravados de casa com artistas de gerações mais novas, cada um no seu computador. Gal nunca parou de gravar, nunca parou de fazer shows e queria nunca parar”, mencionou o jornalista César Menezes.
A homenagem do JN contou com depoimentos de familiares, artistas e políticos de Salvador (BA) e Portugal, além de matérias internacionais. Por chamada de vídeo, Gilberto Gil falou sobre a cantora: “Tudo nela era doçura”. Daniela Mercury falou emocionada: “Me despeço agradecendo imensamente e dizer o orgulho que eu tenho por ela é indescritível”. Maria Bethânia, visivelmente abalada, disse: “O Brasil que ela sempre encantou hoje chora. Uma amiga que mesmo longe sempre tive uma grande admiração e respeito. Deus a receba em sua imensa luz. É triste demais, é muito duro“. Nelson Motta e Caetano Veloso também deixaram suas homenagens.
O Jornal Nacional encerrou ao som de “Luz do Sol”, música composta por Caetano Veloso e que fez sucesso na voz de Gal Costa.
Leia também: Lula e Janja lamentam a morte de Gal Costa: “Marcou a vida dos brasileiros”