Jair Bolsonaro, do PL, fez a abertura das entrevistas do Jornal Nacional (TV Globo) com os candidatos à Presidência da República em 2022 nesta segunda-feira (22). Dentre os assuntos abordados, o convidado falou sobre a pandemia de Covid-19 e de suas atitudes e falas no período de fragilidade na saúde e economia mundial. Para interrogá-lo, Renata Vasconcelos ficou à frente da pauta.
Nos momentos mais dramáticos o senhor imitou pacientes de covid com falta de ar, sobre as mortes o senhor disse ‘e daí, eu não sou coveiro!’, o senhor estimulou o uso e usou dinheiro público pra comprar medicamento comprovadamente ineficaz contra a covid, o senho desestimulou a vacinação. O senhor não teme em ser responsabilizado, se não pelos eleitores, mas pela história?
Renata Vasconcelos
Jair respondeu: “Olha, nós compramos mais de 500 milhões de doses de vacina, só não se vacinou quem não quis, e em tempo bem mais rápido que em outros países. Isso não tinha no mercado. Não poderia eu num primeiro momento, por exemplo, falar aqui, que devíamos assinar certos contratos com a Pfizer, onde a Pfizer não garantia a entrega da vacina”.
Dando continuidade à sua fala, Bolsonaro se posicionou perante a compra das vacinas no início de 2021: “A primeira vacina do mundo foi dada em dezembro de 2020. No Brasil começou em janeiro do ano seguinte. Então fizemos a nossa parte. O grande erro disso tudo foi um trabalho forte da grande mídia, entre eles a Globo, desestimulando os médicos a fazerem o tratamento precoce, que é conhecido como liberdade do médico”, disse.
Contudo, o candidato precisou falar sobre a banalização da eficácia da vacina e o fato de usar o termo “virar jacaré”: “Não houve suspensão (das vacinas) por minha parte. A questão da Pfizer, é que ela, no contrato, não apresentou quais os possíveis efeitos colaterais. Eu usei uma figura de linguagem “jacaré””, respondeu. Renata interrompeu Bolsonaro para falar sobre o termo: “Figura de linguagem? O senhor acha que é um caso de brincadeira, virar jacaré?”; disse.
Bolsonaro respondeu: “Não é brincadeira. Isso faz parte da língua portuguesa. Brincadeira é num momento difícil pro Brasil, a imprensa desautorizar os médicos pela sua liberdade de comunicar. Eu não errei em nada do que eu falei. Eu disse no início da pandemia que nós devíamos cuidar, tratar dos idosos, pessoas com comorbidades e o resto da população trabalhar. Hoje muitos países já falam que o lockdown foi um erro”.
Na entrevista, o candidato do PL ainda falou sobre economia, meio ambiente, educação e alianças políticas. Confira abaixo suas respostas:
Economia
Meio ambiente
Aliança com o Centrão
Troca de Ministros da Educação
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