Foi ao ar nesta terça-feira (13) o “Candidatos com Ratinho”, a primeira sabatina de entrevistas com os principais candidatos à Presidência da República no Programa do Ratinho (SBT). Jair Messias Bolsonaro (PL) foi o primeiro a conversar com o apresentador e respondeu perguntas sobre imprensa, economia e corrupção. Um dos destaques desse encontro foi a postura de Ratinho, que foi criticado nas redes sociais.
Em diversos momentos da entrevista, o apresentador é acusado de se comportar como quem estivesse realizando propaganda política, com perguntas ou comentários que beneficiaram as respostas do candidato. “A entrevista do Bolsonaro ao Ratinho não é entrevista. É Propaganda Político-Partidária. Vergonha!”, declarou uma internauta. “Entrevista mais combinada que roteiro de novela. Ratinho é só um cone”, revelou outro.
Em determinado momento da entrevista, Ratinho debochou de uma resposta dada por Lula (PT) na sabatina do Jornal Nacional (TV Globo): “Presidente, quando a oposição fala que vai dar picanha, que vai comer melhor. Essa carestia é em função da pandemia?”, questiona. Rapidamente o apresentador interfere na resposta de Bolsonaro, muda a pergunta e não deixa claro o contexto da menção da picanha.
A partir disto, comentários do tipo: “Aula de como não se faz jornalismo” e “Quase um comício! É muita cara de pau!” foram usados pelos internautas para definir a entrevista.
Bolsonaro x Imprensa
Ratinho aproveitou a ida do candidato à sabatina para questionar sua relação com a imprensa.
Eu tenho deixado de conversar com a imprensa por que a imprensa bate na ferida o tempo todo. Bate em mim desde sempre, me chamam de tudo, menos de corrupto.
Jair Bolsonaro
Sobre o público feminino, o candidato respondeu: “O número de violência contra mulheres diminuiu. O meu governo foi o que mais fez ações pelo Brasil. Isso que eu não gosto de mulher é uma narrativa da imprensa e oposição e as mulheres não estão caindo nessa narrativa“.
Já na pauta da economia e empregabilidade, Bolsonaro disse: “Nós pegamos o número de 2020 e 2021, aumentamos 3 milhões de empregos, ao contrário de 2014 e 2015, que não teve nenhuma pandemia e perdeu mais de 3 milhões de empregos”, finalizou.
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