A audiência do caso conhecido como “Golpe do Pix”, que envolve os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira, foi encerrada nesta terça-feira (18) no Fórum Criminal Desembargador Carlos Souto, em Salvador.
O juiz Cidval Filho, responsável pelo processo, determinou a retomada das sessões em 13 de março, dando continuidade ao julgamento.
Durante o dia, oito vítimas foram ouvidas. Uma delas chegou a passar mal e pediu para não ficar frente a frente com Marcelo Castro, que atualmente apresenta o programa Alô Juca na TV Aratu (SBT Salvador). Diante da solicitação, o magistrado ordenou que o réu deixasse a sala de depoimentos.
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O esquema do golpe
De acordo com a denúncia do Ministério Público, os acusados lideravam uma organização criminosa que desviou cerca de R$ 407 mil de telespectadores do Balanço Geral (Record Bahia). O esquema funcionava da seguinte forma: durante o programa, era exibida uma chave Pix para arrecadação de dinheiro, supostamente destinado a ajudar pessoas carentes. No entanto, os valores eram enviados para contas ligadas ao grupo criminoso, e não para as vítimas que precisavam das doações.
Além dos jornalistas, o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) aponta a participação de Lucas Costa Santos, responsável por encontrar vítimas e recrutar laranjas para o desvio do dinheiro. No total, 12 pessoas são rés no processo, incluindo parentes e amigos de Lucas.
Com grande repercussão na mídia, o caso é considerado um dos maiores escândalos do jornalismo brasileiro. O julgamento segue com novas oitivas de vítimas e testemunhas, e a expectativa é que a audiência marcada para 13 de março traga novos desdobramentos sobre o esquema.