Mariana Godoy recebe no talk show ‘Mariana Godoy Entrevista‘ desta sexta-feira (27) a cantora e drag queen Gloria Groove. Inserida no universo artístico desde criança, Gloria, que já cantou em igrejas durante a infância, questiona a genuinidade do que é pregado em algumas congregações. “Foi um escândalo, as pessoas ficaram inconformadas. Recebi ligações de dentro do Ministério informando que a partir do dia em que eu passei no programa tal, montada, eu não poderia mais subir no púlpito, afinal, sou um homem vestido de mulher”, relembra. “Não entendo muito bem o amor incondicional que a igreja aprende e prega depois. Se é tão incondicional assim, por que as condições? É de uma hipocrisia inimaginável”, completa.
Daniel Garcia – seu nome de batismo – entrou na música em 2002, aos sete anos, participando da nova formação do Balão Mágico. Antes do sucesso atual no cenário pop, ele dublou personagens em grandes animações como Hannah Montana, Digimon e Power Rangers.
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Relembrando as fases da carreira artística, Gloria ressalta o apoio que recebeu da mãe Gina Garcia, cantora backing vocal no grupo Raça Negra: “Mamãe esteve junto sempre, tentando tirar de mim o melhor que ela podia. Foi ela quem segurou minha barra em todos os momentos, durante os três processos: no de se descobrir gay aos 13, 14 anos, depois no de entender o que eu gostaria de fazer artisticamente e, por fim, no de se aceitar enquanto uma bicha afeminada”.
Também no programa, Mariana Godoy recebe a youtuber e jornalista Julia Tolezano, também conhecida como Jout Jout. Sucesso com seu canal no YouTube, Julia começou a gravar em 2014, mas foi no ano seguinte que a empreitada deslanchou, após postar um vídeo sobre relacionamentos abusivos, intitulado ‘Não tira o batom vermelho’. “Muita gente terminou o namoro depois de ver o vídeo”, compartilha ela sobre a produção, que acumula mais de três milhões de visualizações na plataforma.
Julia não faz reuniões de pauta para definir assuntos para o canal. A ideias, segundo ela, surgem durante os afazeres cotidianos. “Eu vou vivendo e aí, da vida, vêm os temas. Você está no ponto de ônibus, escuta uma conversinha e fala ‘nossa, essa conversinha dá um vídeo’, e aí você faz um vídeo”, explica ela, que afirma também não estar tentando convencer ninguém a nada, embora receba bastante apoio de seus seguidores. “Não coloco os vídeos para as pessoas concordarem comigo e sim para que elas tirem as próprias conclusões”, diz.