Durante a Missa de Sétimo Dia de Preta Gil, realizada na noite de segunda-feira (28), Gilberto Gil falou com a imprensa ao lado da esposa, Flora Gil, e do neto Francisco Gil, filho único da cantora. O artista de 83 anos comentou sobre o sofrimento enfrentado pela filha durante o tratamento contra o câncer e destacou a importância de seu legado emocional e cultural.
Preta Gil, que morreu no domingo (20) aos 50 anos, enfrentou um câncer por dois anos. Gil lembrou o processo doloroso vivido pela filha e como a luta dela impactou todos ao seu redor.
“Todos sabem, no país inteiro, que a Preta passou por um longo período de adaptação à partida, ao processo todo de ir embora. A ficha para nós todos e para ela, especialmente, foi caindo aos poucos. Foram dois anos [do tratamento de câncer]”, disse Gil.
O cantor lamentou: “O que fica mais acentuado no pesar da perda é o fato de que houve um sofrimento muito grande dela”.
O discurso, repleto de carinho e reverência, também ressaltou o papel que Preta teve como inspiração. “A partida dela também tem essa contribuição, contribui para nós sermos mais amorosos e mais afetivos”, afirmou Gil,
Em um dos trechos mais emocionantes, Gilberto Gil falou sobre como o mundo atual carece de afeto e como a memória de Preta pode ajudar a preencher esse vazio.
“A lembrança dela ter uma circulação muito grande, muito permanente, é um consolo, é um contraponto a essas dificuldades de afirmação do afeto pelos quais o mundo passa ultimamente”, declarou.