Depois de se assumir queer, Valentina Schmidt contou que foi vítima de homofobia na faculdade. Em entrevista ao jornal O Globo, a filha de Tadeu Schmidt revelou que os comentários preconceituosos partiam até mesmo de professores e o fizeram trancar o curso.
“Tive alguns professores que me desencorajaram. Uma em especial fazia vários comentários homofóbicos sobre mim e também comentários ofensivos sobre o meu pai. Pensei: ‘Não vou ficar em um ambiente em que não me sinto bem-vinda’. Ainda mais porque eu estava encontrando outra paixão, que é o teatro. Não me arrependo de nada nessa minha jornada”, afirmou ela.
Valentina se assumiu queer através das suas redes sociais, durante o mês do orgulho LGBTQIA+. Uma pessoa queer tem uma identidade de gênero que não corresponde aos padrões heterossexuais. Na época, a publicação causou enorme repercussão na internet.
“Quando me assumi isso gerou um alvoroço gigantesco. Entendi que, por conta da visibilidade que eu ganhei por ser filha do meu pai, isso ia acabar estourando. Mas desde que eu postei vi gente falando que fiz isso para chamar a atenção. Eu jamais faria isso. Fiz porque finalmente estava confortável comigo mesma e queria mostrar para o mundo que tenho orgulho de ser quem eu sou”, comentou ela.
A filha de Tadeu Schmidt também contou como lida com os haters: “Se fosse há alguns anos, eu ficaria muito abalada com os comentários que vejo na internet, mas hoje em dia não me abala”.
Eu sofri bullying na escola por muito tempo e já lidei com todo tipo de comentário negativo. Se eu consegui lidar com isso, então não tenho medo. Tem comentários me atacando quase todo dia. Eu fico chateada com o que escrevem, sim, mas não deixo isso me abalar nem atingir as pessoas que eu amo.
completa
Após trancar o curso de Comunicação, Valentina Schmidt agora estuda Artes Cênicas na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL), no Rio de Janeiro, e sonha em trabalhar na TV Globo.