Nesta quarta-feira (9), Danilo Gentili conversa com Esteban e Miguel Valdés, respectivamente filho e neto de Ramón Valdés, o eterno “Seu Madruga” do seriado Chaves. Eles falam sobre o lançamento de um documentário sobre a vida do ator e comentam detalhes da produção:
“No começo desse projeto não achávamos que ele fosse crescer tanto. A grande motivação de terminar aqui no Brasil é justamente por ser o lugar onde as pessoas mais gostam dele”, afirma Esteban.
Danilo então se oferece para coproduzir o documentário em parceria com eles, fechando um acordo durante a entrevista. Os dois também mostram fotos e objetos pessoais de Ramón pela primeira vez na televisão, presenteando Danilo com um boneco do Seu Madruga feito à mão em madeira e uma caneca personalizada.
Sobre as memórias que tem do avô, Miguel diz: “Me lembro do cheiro dele, lembro de quando ele me beijava, parecia uma foca me beijando, porque ele tinha um bigode molhado. Era bonito e estranho ao mesmo tempo, mas tinha muito amor”.
Eles afirmam que o personagem de Seu Madruga era, na realidade, o próprio Don Ramón, pois tanto as falas quanto as roupas eram as mesmas do ator na vida real.
“Seu madruga existia antes do (seriado) Chaves. Meu pai usava essas frases na família: “não te dou outra porque…” e “o que que foi, que que foi, que que há?!”. Ele usava essas frases com a gente, com os amigos”, diz Esteban.
Confira outras frases da entrevista:
- Esteban: “Ele era muito amoroso, era um homem com caráter muito forte e um coração lindo”.
- Miguel: “Estamos encantados com o público brasileiro. Não somos o Seu Madruga, mas a gente recebe esse amor”.
- Esteban: “Foram três casamentos, somos em dez irmãos. Meu pai e minha mãe nos ensinaram a aceitar essas mudanças na vida”.
- Esteban: “Cuidei dele até ele falecer”.
- Esteban: “Esse trabalho trouxe muitos sentimentos à flor da pele de amor, saudade, porque já faz 30 anos que ele faleceu”.
- Miguel: “Em festas da nossa família, as pessoas que não estão acostumadas chegam e falam “o que eles fumaram?”.
- Esteban: “Não foi uma vez, foram várias vezes. Antes de ser famoso, meu pai trabalhava como motorista de trailer, vendia comida na rua. Vivíamos em um apartamento e de repente ele falava “vamos para a casa da sua avó”. Porque o dono do apartamento, diferente do seu Barriga, não perdoava”. (sobre Ramón dever aluguel na vida real)
